Testemunha chave será ouvida nesta quarta-feira (16)

Uma testemunha será ouvida nesta quarta-feira (16) pela Polícia Civil de e poderá dar detalhes sobre a morte do ex-prefeito e ex-deputado Oscar Goldoni, de 66 anos. De acordo com o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, Patrick Linares da Costa, responsável pela investigação, várias pessoas foram ouvidas no local do crime, mas as informações não foram precisas.

Ainda de acordo com o delegado Linares, as câmeras de segurança do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) filmam apenas o pátio do estabelecimento. As imagens já foram vistas pela polícia, mas não contribuíram com a investigação. Oscar Goldoni foi fuzilado na frente do departamento, por volta do meio-dia de terça-feira (15).

Rixa antiga

Em junho e agosto de 2015, dois atentados ocorreram em Ponta Porã, envolvendo o nome de Oscar Goldoni, dono da fábrica de bebidas Vô Kiko Goldoni. Nos crimes, os irmãos Fabio e Fabricio Moresco, donos da empresa de bebidas Tropicana foram as vítimas.

Em junho, pistoleiros atacaram Fabricio em Pedro Juan Caballero e, na ocasião, o motorista ficou ferido e ele não foi atingido. Os suspeitos de cometer o crime chegaram a acusar Oscar Goldoni como mandante do crime. Já em agosto, Fabio Moresco saía da empresa, em direção a sua residência quando pistoleiro, que estava em uma moto estrangeira, parou o carro em um semáforo, no centro da cidade, e realizou os três disparos, matando motorista e secretario do empresário.

Há suspeita de que os irmãos estejam envolvidos na morte de Oscar Goldoni, mas a Polícia Civil não descarta qualquer outra hipótese.

“O Oscar era cheio de amigos, mas também de inimigos. Tem muito falatório na cidade, apontam até autores, mas a investigação mesmo é outra coisa. Não vamos divulgar nada nesse sentido agora, mas não descartamos nenhuma hipótese. Esses caras tinham rixa com ele, qualquer outro que matasse ele nesse momento, jogaria nas costas dos outros”, afirma o delegado Patrick Linares. Segundo o delegado, as linhas de investigação seguem em sigilo, para não atrapalhar o caso.

Pistoleiros

Até o momento, não há informações precisas sobre as características dos pistoleiros e nem mesmo sobre o veículo que utilizaram para cometer o crime. “A única coisa que conseguimos afirmar até agora é que se trata de um carro, porque eles não andariam com um fuzil em uma motocicleta, mas não há mais informações sobre o veículo”, diz o delegado Patrick.

Ainda de acordo com o delegado, a polícia de Ponta Porã fez buscas nos hospitais, também em Pedro Juan Caballero, mas não localizaram o suspeito. “Ele não deu entrada em nenhum hospital ou clinica, nem no Paraguai, nem no Brasil”, afirma Linares.

O crime

Oscar Goldoni, foi morto a tiros na manhã de terça-feira por volta das 11h40, em Ponta Porã, cidade a 346 quilômetros da Capital, da qual ele foi prefeito de 1993 a 1994, pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista). Ele foi vítima de disparos de arma de fogo.

O ex-deputado estadual e federal estava na frente do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) de Ponta Porã e, no momento em que subia na caminhonete Hilux, prata, placa OOH-4966 de Ponta Porã, foi surpreendido pelos suspeitos, que estavam em outro veículo.

A princípio, Goldoni foi atingido por tiros de fuzil, calibre 556 e pistola 9 mm. A informação é de que ele estava armado e chegou a reagir aos disparos, atirando mais de 10 vezes contra os pistoleiros, mas foi ferido com pelo menos 5 tiros e acabou morrendo no local.