Dois dos três desembargadores do TJ MS votaram a favor

O ex-vereador e advogado Robson Leiria Martins vai poder aguardar o julgamento fora da cadeia. Em sessão nesta quinta-feira (28), os desembargadores da 3ª Câmara Criminal atenderam ao pedido da defesa, segundo o advogado José Roberto da Rosa. 

Conforme o defensor, pela fala do desembargador Dorival Moreira dos Santos deu a entender que o ex-vereador vai ficar em liberdade, porém será necessário esperar o relatório da sessão. Por enquanto, Martins está em uma cela com 22 presos. Rosa diz acreditar que esse seja um dos motivos do voto favorável do desembargador. 

De acordo com o TJ MS (Tribunal de Justiça de ), dos três desembargadores, um votou pela negativa dos pedidos de liberdade provisória e de prisão domiciliar. O outro, pela liberdade provisória e por fim, o terceiro voto, para que ele cumpra pena em regime domiciliar. O que for mais benéfico ao preso deve ser o que ficará valendo.

Em decisão do dia 12 deste mês, Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Competência Especial de , havia determinado que Martins cumprisse prisão cautelar em cela especial, condizente com a condição de advogado.

Exploração sexual

O ex-vereador está preso desde o dia 17 de abril. Ele foi flagrado extorquindo R$ 15 mil do então vereador (sem partido, ex-PSL). O dinheiro seria para impedir a divulgação de vídeos nos quais aparecia praticando sexo com adolescentes.

O vídeo seria parte de um esquema de exploração sexual das jovens, que registravam os encontros com figuras públicas em câmeras escondidas. O conteúdo, em seguida, seria usado como meio de chantagem para extorquir os ‘clientes’.

Após a revelação do caso, que chegou ao conhecimento da polícia, Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador. Além dele, o ex-deputado estadual Sérgio Assis (sem partido, ex-PSB) também foi indicado por favorecimento à exploração sexual no caso.

Com Robson Martins foi preso o empresário Luciano Pageu, dono de uma revista direcionada ao público evangélico. Outro apontado como envolvido no esquema e já preso é Fabiano Viana Otero, que fez acordo de delação premiada com a Justiça para entregar outros supostos participantes no caso – a investigação corre sob sigilo. Otero seria o responsável por articular os encontros.