Ex-parlamentares vão a audiência sobre processo de exploração sexual

Alceu Bueno e Sérgio Assis estão no Fórum para serem ouvidos

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Alceu Bueno e Sérgio Assis estão no Fórum para serem ouvidos

Começou pouco depois das 14h desta terça-feira (28) a primeira audiência de instrução e julgamento de processo no qual, entre outros, figuram o ex-vereador Alceu Bueno e o ex-deputado estadual Sérgio Assis, processados por suposta exploração sexual de adolescentes. O caso segue em segredo de justiça, mas, ao menos 40 pessoas devem ser ouvidas.

Alceu Bueno e Sérgio Assis estão na sala do juiz da 7ª Vara Criminal de Competência Especial, no Fórum de Campo Grande. Além deles, pelo menos uma das jovens com as quais eles teriam mantido relações sexuais, mediante pagamento em dinheiro, está no local, acompanhada da mãe.

Outro envolvido no caso, o ex-vereador Robson Martins, não estava no Fórum até o fechamento deste texto. O suposto mentor de esquema, Fabiano Viana Otero, que está preso, também não apareceu, o que causou estranheza por parte do advogado dele, Amilton Ferreira Almeida – ele alegou não saber o motivo pelo qual o cliente não compareceu.

Os dois ex-parlamentares não deram declarações na chegada – o acesso é restrito e não são permitidas imagens internas. A expectativa do defensor de Fabiano é que somente as vítimas sejam ouvidas nesta terça e, assim, não haveria tempo hábil nesta audiência para tomada de depoimentos de Bueno ou Assis.

Conselheiros tutelares também acompanham os trabalhos no Fórum. Segundo Amilton Almeida, é esperado que o juiz possa deliberar, ainda nesta terça, sobre delação premiada de Fabiano acerca do caso.

Outro envolvido no processo, Luciano Roberto Pageu, não foi visto chegando à audiência. Ele e Martins foram presos no dia 16 de abril, em flagrante, quando segundo a polícia extorquiam dinheiro de Bueno para manter sob sigilo o envolvimento do então vereador com adolescentes.

Pelo que se sabe até agora, Luciano, Fabiano (preso alguns dias depois) e Robson (que chegou a ficar preso alguns dias) seriam comparsas em um esquema que consistia, basicamente, em usar adolescentes para promover encontros com ‘figuras públicas’ e gravá-los para, depois, extorquir os ‘clientes’.