Flagrante resultou na prisão de dono de revista
Após os esclarecimentos na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), o advogado Antonio Cesar Genuíno defendeu a tese de que o cliente dele, Luciano Pageu, dono de uma revista evangélica, teria sido ‘induzido’ a pegar o envelope que estava com o dinheiro do vereador Alceu Bueno (PSL). O valor, de R$ 15 mil, seria parte de pagamento por extorsão para evitar a divulgação de suposto envolvimento sexual com adolescente.
“O meu cliente pegou o envelope sem saber o conteúdo”, diz à equipe do Jornal Midiamax e explica, “o encontro entre eles foi marcado no estacionamento e durante a conversa, Alceu pediu que ele pegasse um envelope que estava no banco de trás, sem citar o que tinha dentro, no momento em que ele o fez, os policiais apareceram e o prenderam”.
O defensor reafirma que Luciano tentou ajudar o vereador e em nenhum momento sabia dos R$ 15 mil no envelope, sendo surpreendido com a abertura dele no momento a prisão. “Ele só queria alertar o vereador sobre uma possível extorsão que poderia ocorrer por parte do funcionário dele, Fabiano, que teria material do parlamentar com adolescentes”, fala.
Antonio Cesar ressalta que o depoimento de hoje foi apenas para tirar dúvidas que surgiram com as oitivas feitas na tarde de quarta-feira (22), onde o ex-deputado Sérgio Assis e o vereador Carlão (PSB) prestaram esclarecimentos na delegacia.
“Já fiz o pedido de liberdade provisória para que meu cliente seja liberado, ainda aguardo uma resposta do Poder Judiciário. Caso ele seja negado, o próximo passo será o HC (Habeas Corpus)”, frisa o advogado do dono de uma revista evangélica.
Conclusão do Inquérito
O titular da Depca, Paulo Sérgio Lauretto explicou que pretende concluir o inquérito policial e entregar à Justiça nesta sexta-feira (24). Um dos envolvidos, o dono de uma revista evangélica, Luciano Pageu foi preso na semana passada no estacionamento de um supermercado, onde estaria recebendo de Alceu o montante de R$ 15 mil, em um caso de extorsão por ter vídeos e fotos com adolescentes.
Parte das investigações será passada para a imprensa na tarde de hoje em coletiva marcada na DGPC (Delegacia-Geral da Polícia Civil), localizada no Parque dos Poderes, região nordeste de Campo Grande.