Fabiano estaria colaborando com as investigações

Fabiano Viana Otero, um dos apontados em um escândalo envolvendo políticos e empresários, compareceu na manhã de terça-feira (2) no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para ser ouvido mais vez a respeito do processo. Ele está em um processo de delação premiada, que foi proposta no mês passado, após o caso ser investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção da Criança e do Adolescente).

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com o advogado de Fabiano, Amilton Ferreira de Almeida, que confirmou que ele esteve na promotoria. “O processo corre em segredo de justiça, o que posso dizer é que meu cliente está colaborando”, frisa.

Dentre os denunciados no processo está o ex-vereador e advogado Robson Leiria Martins que deixou o CT (Centro de Triagem) Anízio Lima, no Jardim Noroeste, região leste de , no dia 28 de maio. Ele foi preso por suspeita de envolvimento em um esquema de prostituição de adolescentes, com a finalidade de extorquir políticos. Na saída da cadeia, o ex-vereador negou envolvimento no esquema de extorsão e acusou o também ex-vereador de “golpe político”.

Exploração sexual

O ex-vereador está preso desde o dia 17 de abril. Ele foi flagrado no estacionamento de um supermercado extorquindo R$ 15 mil do então vereador Alceu Bueno (sem partido, ex-PSL). O dinheiro seria para impedir a divulgação de vídeos nos quais aparecia praticando sexo com adolescentes.

O vídeo seria parte de um esquema de exploração sexual das jovens, que registravam os encontros com figuras públicas em câmeras escondidas. O conteúdo, em seguida, seria usado como meio de chantagem para extorquir os ‘clientes'.

Após a revelação do caso, que chegou ao conhecimento da polícia, Alceu Bueno renunciou ao cargo de vereador. Além dele, o ex-deputado estadual Sérgio Assis (sem partido, ex-PSB) também foi indicado por favorecimento à exploração sexual no caso.

Com Robson Martins foi preso o empresário Luciano Pageu, dono de uma revista direcionada ao público evangélico. Outro apontado como envolvido no esquema e já preso é Fabiano Viana Otero, que fez acordo de delação premiada com a Justiça para entregar outros supostos participantes no caso – a investigação corre sob sigilo. Otero seria o responsável por articular os encontros.