Conselheiro tutelar ‘inventa história’ sobre mãe e filho e caso para na delegacia

O caso foi registrado como comunicação falsa de crime

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O caso foi registrado como comunicação falsa de crime

Um conselheiro tutelar de 30 anos responderá por comunicação falsa de crime ou de contravenção, por conta de uma ocorrência, que envolveu uma mulher, seu filho menor de idade e a Polícia Militar, no início da tarde desta segunda-feira (5), na Rua Martins Fradik no Residencial Cascatinha Dois em Sidrolândia, 71 quilômetros de Campo Grande.

A PM foi acionada pelo conselheiro que informou que no local havia homens vendendo bebida alcoólica para o menor de idade. O conselheiro também, de acordo com o registro policial, relatou que além de fazer o suposto uso de bebida alcoólica, o adolescente também estaria morando sozinho em uma vila de casas, pois sua mãe o teria abandonado para morar em uma fazenda.

A polícia então fez a apreensão do jovem, pois ele teria se recusado a acompanhar o conselheiro. O jovem também disse que não iria para lugar nenhum, “nem amarrado”. De acordo com a guarnição, foi necessária a utilização de uso moderado de força para que o menor entrasse no carro do conselheiro.

Neste momento a mãe do adolescente saiu chorando de dentro de casa. Ela dizia para não prender o filho, momento em que o menor foi imediatamente liberado. Indagado pelo fato de estar mentindo, o conselheiro argumentou que a mãe queria que o filho fosse morar com o pai, já que ele não estaria mais a obedecendo. Pelo fato de no local não ter sido constatado nenhum tipo de crime e nem indícios de que maiores ofereciam bebida alcoólica ao menor, foi feito o boletim de ocorrência na delegacia da cidade.

Curiosamente, o caso acontece um dias após as eleições de membros do Conselho Tutelar de todo o país. Pela primeira vez, a escolha foi em data unificada em todos os municípios brasileiros. Em Campo Grande foram 30 candidatos disputando 15 vagas, sendo cinco em cada Conselho Tutelar do município.

De acordo com as informações do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), são 90 mil eleitores em todo o Estado de Mato Grosso do Sul para eleger entre os mais de 900 candidatos as 405 disponíveis.

 

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