MS teve mais homicídios que SP e metade dos de MT

Apesar dos crimes na , Mato Grosso do Sul é o sexto estado com a menor taxa de homicídios do Brasil em 2014, conforme o Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado nesta quinta-feira (15) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.

O Estado teve taxa de 17,7 homicídios por 100 mil habitantes e é responsável por 0,99% dos homicídios do país. A menor taxa é de Santa Catarina, com 587 mortes e taxa de 8,7, seguido de São Paulo (9,8), Paraná (12,2), Roraima (14,5) e Amapá (15,3). Em números absolutos de homicídios, MS também se destaca: 463 homicídios, na frente apenas de Tocantins (313), Acre (191), Amapá (115) e Roraima (72).

Em comparação com os estados do Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul também se isola. Em Mato Grosso foram registrados quase o triplo de homicídios: 1276. A taxa é mais que o dobro do que a de MS: 39,6 homicídios a cada 100 mil habitantes. Em Goiás são 1.575 homicídios e taxa de 24,1. Já no Distrito Federal, 682 homicídios e taxa de 23,9. A região é a terceira com maior taxa. Nordeste lidera, depois Norte. Sudeste e Sul registraram as menores taxas.

A maior taxa do país é do Pará, de 40 homicídios por 100 mil habitantes, seguido de Mato Grosso (39,6) e Espírito Santo (39,3). Em números absolutos, Bahia lidera com 5.450 homicídios, seguido de Rio de Janeiro com 4.610 e São Paulo com 4.294.

Metodologia

De acordo com o Ministério da Justiça, o diagnóstico fez um recorte com 80 municípios, localizados nas 26 unidades da Federação e a região administrativa de Ceilândia, no Distrito Federal, somando 81 localidades prioritárias de ação, agregando 22.569 registros de homicídios dolosos em 2014, o que representa, aproximadamente, 50% do total de assassinatos registrados no Brasil.

A intenção do ministério é que o estudo sirva de ferramenta de gestão para os estados no enfrentamento da criminalidade, observando as coincidências entre as altas taxas de e outros problemas sociais, econômicos e culturais. Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) de 2014.