Policial morto checava informação quando foi reconhecido por ladrões de joia de R$ 80 mil

Em coletiva à imprensa, Polícia Civil disse que policial morto fazia verificação de informação quando foi reconhecido por grupo de 15 pessoas e assassinado a tiros.

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Em coletiva à imprensa, Polícia Civil disse que policial morto fazia verificação de informação quando foi reconhecido por grupo de 15 pessoas e assassinado a tiros.

Policiais da Delegacia-Geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul afirmaram na tarde desta quarta-feira (29), em coletiva de imprensa, que o policial Dirceu Rodrigues dos Santos, de 38 anos, foi morto quando checava uma informação sobre o assalto de uma joia de R$ 80 mil, roubada no centro de Campo Grande. O investigador Osmar Ferreira, de 39 anos, também estava na ação e foi ferido.

Os policiais estavam no bairro Campo Nobre quando abordaram um jovem, que indicou a casa do travesti Alecssandro Gonçalves Rocha, de 21 anos, que teria realizado o roubo de uma joia avaliada em R$ 80 mil no centro de Campo Grande no último dia 7 de janeiro.

Os policiais trabalhavam para encontrar o artigo de luxo, roubado em um semáforo. Alecssandro teria feito a abordagem de uma pessoa que estava dentro do carro e exigido a joia com uma faca.

Osmar e Dirceu seguiram na noite de ontem para a casa indicada pelo rapaz. Lá, Osmar desceu do carro descaracterizado, um Palio, sem estar armado. Ele foi convidado a entrar na casa quando foi reconhecido por uma das várias pessoas que estavam no local como policial.

O grupo passou a agredi-lo. Osmar ficou desacordado por cerca de 30 minutos após as agressões. Depois, eles foram para fora da casa e abordaram o policial Dirceu no carro. O grupo cercou o carro e exigiu que ele liberasse o jovem detido. Ao descer  Dirceu foi atingido na barriga por um tiro de revólver de um dos envolvidos.

O policial ainda tentou fugir, mas sofreu outros dois disparos, realizados com a própria arma. A polícia deteve 15 pessoas e realizou sete autuações em flagrante.

Cleber Ferreira Alves, de 36 anos, Lúcia Helena Barbosa Gonçalves, de 50 anos, Renato Ferreira Alves, de 21 anos, Alecssandro Gonçalves Rocha, de 21 anos, Alexandre Gonçalves Rocha e de 19 anos foram autuados. Um adolescente de 15 anos também foi apreendido.

Segundo a polícia, falta esclarecer se foi o adolescente, Alexssandro ou Alexandre que efetuou os disparos. Os três serão indiciados por homicídio doloso qualificado por motivo torpe. A polícia trabalha para verificar qual é exatamente o envolvimento dos outros autuados no crime.

Os delegados Fabiano Nagata, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos e o delegado Fábio Peró, delegado adjunto, prestaram as informações. O policial morto e o policial agredido são da mesma delegacia. As investigações seguem agora pela 5ª DP.

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