Um casal foi preso em flagrante ontem (25) por tráfico de drogas pelo S.I.G. (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil na terça em Três Lagoas – a 338 quilômetros de Campo Grande.

O SIG. monitorava o casal Roberto da Silva Junior, de 44 anos, e Sara Negreiro da Silva, 40, há aproximadamente 90 dias sob a suspeita de que os dois estariam comercializando cocaína em Três Lagoas e no fim da manhã da segunda conseguiram desarticular todo o esquema de venda.

Por meio da investigação, nos últimos dias os policiais perceberam uma grande movimentação de entrada e saída de usuários e dos moradores na residência do casal localizada na Avenida Filinto Müller com a Rua Antônio Estevan Leal, no Jardim Dourado.

FLAGRANTE DA VENDA E ENTREGA

Na manhã da segunda feira, os investigadores visualizaram a saída de Sara Negreiro, que estava acompanhada de suas três filhas, uma jovem de 19, outra de 15 e a menor de 9 anos, e fizeram o acompanhamento tático de investigação.

A acusada se dirigiu até a área central da cidade onde ela fez a entrega de uma porção de cocaína a um usuário e recebendo o dinheiro do pagamento da droga, foi surpreendida pelos policiais que deram voz de prisão em flagrante por tráfico de drogas.

Após a prisão, os agentes se deslocaram com a acusada até a residência no Jardim Dourado, onde os policiais encontraram uma espécie de “refinaria” para a mistura da droga. Na casa estava Roberto da Silva que também recebeu voz de prisão.

PONTOS DE VENDA E DELIVERY

Segundo o Delegado Titular do SIG., Thiago Passos, o esquema da venda de drogas funcionava em dois pontos, um na casa do casal e outro em um box de eletrônicos localizado no shopping popular em Três Lagoas, além da entrega “delivery”, onde os acusados levavam a cocaína aos usuários em vários pontos da cidade.

A equipe policial se deslocou até o box de propriedade de Roberto onde foi encontrada mais uma porção de cocaína pronta para a venda.

REFINARIA E CÂMERAS

Na casa do casal, tinha cocaína pura para o preparo, produtos utilizados para a mistura (fermento em pó, bicarbonato, etc.), plásticos para embalagem, filme plástico, além de outros apetrechos foram encontrados.

Foi solicitada a presença da perícia técnica para a comprovação do material apreendido e os acusados foram levados até a sede do SIG onde toda a droga foi pesada, totalizando 2 quilos e 700 gramas, entre cocaína pura, porções para a venda e a droga que estava sendo misturada. A estimativa é de que depois de pronta, a droga poderia render mais de R$ 270.000,00 para o casal.

A residência tinha um esquema de segurança com circuito de câmeras avançado, para que o casal pudesse monitorar 24 horas a movimentação em torno do local. A polícia diz acreditar que assim, os traficantes poderiam perceber rapidamente a aproximação dos policiais e conseguindo assim “dispensar” todo o material e o entorpecente caso houvesse uma incursão.