A Polícia Civil de São Paulo vai fazer, na a manhã desta quarta-feira, a recostituição da morte do zelador Jezi Lopes, econtrado esquartejado na segunda-feira, dia 2 de junho, na Praia Grande, no litoral de São Paulo. O publicitário Eduardo Martins, que mora no prédio onde Jezi trabalhava, confessou ter matado e esquartejado o homem após uma briga. Eduardo, porém, nega que a mulher tenha participado do crime.

Um laudo preliminar de legistas indica que o zelador Jezi Souza não teve traumatismo craniano. O documento desmente a versão do publicitário Eduardo Martins, que diz que o zelador morreu ao bater a cabeça no batente de uma porta durante uma briga entre os dois, em São Paulo.

“Ele pode ter sido, sim, asfixiado. Ele pode ter sido desmaiado e depois sedado. Pode ter sido, sim, levado, ainda em vida, dentro da mala, ou seja, todas essas circunstâncias, elas estão sendo verificadas pelo IML”, diz o delegado Ismael Rodrigues.

Peritos encontraram no início da semana no apartamento do publicitário anestésicos, roupas e toalhas de hospitais, algemas plásticas, fitas adesivas, documentos falsificados, o cano de uma pistola, munição e um silenciador (supressor de ruído de armas, acessório de uso restrito das Forças Armadas).

Peritos ainda indicaram que a bota que Ieda Martins, mulher de Eduardo, usou no dia do crime foi lavada. Eles investigam se há vestígios de sangue humano no calçado. Ieda é suspeita de ter comprado o material que pode ter sido usado no assassinato.

Segundo a versão contada por Eduardo, ele e o zelador iniciaram uma discussão por volta das 15h30 da última sexta-feira e, durante a briga, Jezi bateu a cabeça no batente da porta e morreu. Ao constatar a morte, o publicitário então colocou o cadáver dentro de uma mala e, segundo ele, disse para a mulher de que se tratava apenas de roupas para doação. Ele foi preso em Praia Grande, onde esquartejou o corpo da vítima.