Os Estados Unidos alertaram o governo afegão nesta segunda-feira para não soltarem presos que Washington diz que devem ser julgados como extremistas perigosos, na mais recente divergência entre os dois países.

O coronel Steve Warren, porta-voz do Pentágono, afirmou que o governo do Afeganistão havia orientado o organismo responsável do país a libertar 37 presos.

Warren disse que alguns deles eram ligados à produção de bombas ou a ataques a bomba, enquanto outros, acredita-se, estiveram envolvidos em ataques contra soldados afegãos e estrangeiros.

“Esses caras são maus. São indivíduos com sangue nas mãos, com sangue norte-americano, da coalizão e afegão nas mãos”, declarou à imprensa.

Os presos, segundo ele, estão “em processo de libertação” apesar das “fortes evidências” que poderiam levar alguns dos prisioneiros a julgamento e das pistas sobre outros que justificariam mais investigações.

Os detentos estão entre os 650 presos da penitenciária de Bagram selecionados pelas autoridades para serem soltos devido à falta de provas para processá-los. Washington é contra a libertação de um total de 88 presos.