O Midiamax divulgou ontem que, quem havia sido preso, era o ex-secretário municipal e diretor-presidente da Agência de Habitação de Ponta Porã, Leonardo Derzi Resende.

A prisão do ex-secretário fez parte da Operação Suçuarana, realizada nos Estados de Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Participaram aproximadamente 150 policiais federais de e RS.

A Polícia Federal disse que quer manter os nomes dos presos em sigilo. O único nome divulgado foi o de Jarvis Chimenez Pavão, fornecedor da droga no Paraguai. O principal membro do grupo no Rio Grande do Sul era um argentino que já tinha sido preso em outra operação da Polícia Federal em 2010.

Os delegados também disseram que todos os presos em Mato Grosso do Sul são traficantes de alto nível de periculosidade e de forte atuação no narcotráfico a nível nacional.

Esquema de

Segundo os delegados Sandro Luciano Caron de Moraes e Daniel Justo Madruga, além dos agentes Fabiano Nascimento e Moisés Fabiano, as drogas vinham da Bolívia e Paraguai e entravam no Brasil por Pedro Juan Caballero, divisa com Mato Grosso do Sul.

Pasta base de cocaína era trazida da Bolívia, de avião, e, ao chegar em Ponta Porã, era refinada em um laboratório, para então ser distribuída nos outros Estados. Na Operação Suçuarana, este laboratório também foi desmontado.

Já a maconha era trazida diretamente do Paraguai, também para Ponta Porã, e depois transportada para outros Estados.

Operação Suçuarana

A operação teve início em maio de 2013, a partir de uma prisão em flagrante de 161 quilos de cocaína em duas carretas no Rio Grande do Sul. Com os dados coletados na prisão, a Polícia Federal começou as investigações.

Ao todo, foram 12 prisões em flagrante, dez delas feitas na quinta-feira (29). Durante todo o ano de investigações, 21 pessoas foram presas. A Polícia Federal divulgou que prendeu quase toda a organização criminosa.

A quantidade de pasta base de cocaína apreendida totalizou 1.100 quilos, além de 3 toneladas de maconha apreendidas em caminhões em Mato Grosso do Sul.

Toda a droga era levada para as cidades de destino por meio de caminhões de uma empresa de transporte de Mato Grosso do Sul que estava envolvida. Eles escondiam as drogas em fundos falsos dos caminhões.

Além das prisões, 150 veículos e 20 imóveis foram sequestrados pela polícia e contas bancárias foram bloqueadas. A organização criminosa fazia a lavagem de dinheiro em forma de revenda de veículos, principalmente caminhões. Ao total, foram apreendidos R$ 30 milhões em patrimônios.