Mesmo com o retrato falado divulgado pela Polícia Civil, os demais autores ainda não foram encontrados.

Um adolescente de 15 anos que estaria envolvido no assassinato do fazendeiro Oscar Serrou Camy, de 78 anos, e de sua filha Marta Serrou Camy, de 44 anos, que morreram queimados no dia 2 de junho deste ano, na fazenda Araras, em Pedro Gomes (296 km de Campo Grande) já está internado na Unei de Ponta Porã. Contudo, mesmo após a Polícia Civil ter divulgado o retrato falado, a dupla responsável pelo crime ainda não foi encontrada.

O retrato falado foi feito com base nos depoimentos das testemunhas e no relato do adolescente, que contou detalhes sobre o dia do crime. Carlos é baixo, magro e moreno, tem no total quatro tatuagens, sendo que em uma delas está escrito “Deus nunca faltarás”, na outra tem uma foto da mãe e mais uma folha de maconha e outro desenho de palhaço. Já Robson é alto, magro, moreno e tem duas tatuagens. No braço direito tem desenhos de chamas de fogo e no pulso do braço esquerdo de uma cobra.

O delegado de Pedro Gomes responsável pelas investigações, Amylcar Eduardo Romero, informou que várias denúncias chegaram ao seu conhecimento e elas estão sendo apuradas. Mas, até o momento, os autores não foram localizados e as buscas continuam.

Por outro lado, o delegado aproveita para parabenizar o Ministério Público e elogiar a ação do promotor de Pedro Gomes, Marcos Martins de Brito. “O adolescente foi sentenciado pela participação do crime e está internado na Unei por seis meses. É muito bom ver o promotor dedicado ao caso, sua atuação foi forte. Por ser um crime complexo, deve-se parabenizar o trabalho que foi feito dentro de 45 dias. As medidas cautelares foram todas feitas dentro do prazo e a internação foi rápida”, elogiou o delegado Amylcar.

De acordo com a assessoria do Ministério Público Estadual, não é possível disponibilizar muitas informações sobre o caso, porque está sobre segredo de justiça, já que envolve o menor. Mas a celeridade do processo deve-se ao fato do adolescente ter confessado o crime e a agilidade da promotoria.

Primeiramente, o adolescente foi internado em Campo Grande, mas a justiça determinou sua transferência para Ponta Porã, cidade distante a 346 km da Capital. O MPE informou que o adolescente deve ficar internado por seis meses no local, já que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê uma avaliação a cada seis meses para mantê-lo internado.

Crime

Três pessoas participaram do crime, mas somente o adolescente de 15 anos foi apreendido no dia 16 de julho e está na Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã. No dia do crime, o trio foi recebido na propriedade para trabalhar com extração de madeira para o pecuarista e sua filha, que chegaram a servir tereré para eles. Robson então foi até aos fundos e disse para o adolescente se afastar, pois iria matar o pecuarista.

Oscar ouviu a conversa e se trancou em um quarto. A filha, Marta correu aos fundos da casa enquanto Carlos arrombou a porta do quarto onde o idoso estava. Ao conseguir entrar, Carlos derrubou Oscar no chão e pediu que o adolescente o chutasse e pedissse dinheiro. Carlos então deu um golpe com uma barra de ferro na cabeça do pecuarista, que continuou vivo.

Marta implorava para não matarem seu pai, no momento em que o adolescente e Carlos começaram a revirar a residência em busca de dinheiro. A mulher então foi levada da casa e começou a ser agredida e estuprada por Carlos e Robson. Os bandidos cobriram as vítimas com um colchão e atearam fogo. O trio roubou R$ 930, um revólver de calibre 38, bicicleta e roupas.

Quem tiver mais informações pode entrar em contato pelo telefone (67) 3291-1463 ou (67) 3291-1463.