O técnico de informática Isaias Pompeo, 30, foi preso em flagrante na madrugada da quinta-feira (24) pela Polícia Militar de Campinas (SP), acusado de bater, com um chinelo, nas filhas de 1 e 3 anos.

O caso aconteceu no Jardim Santo Expedito, em Campinas, e foi registrado no 1º DP (Distrito Policial) como violência doméstica. A ação do pai teria sido motivada, segundo informações do boletim de ocorrência, porque as crianças quebraram um batom da mãe. À polícia ele disse ainda que as chineladas foram apenas para “dar um corretivo” nas filhas e discipliná-las. Se condenado, ele pode pegar uma pena de até três anos de detenção.

Segundo o boletim de ocorrência, a PM foi chamada por volta da 1h da quinta-feira (24), por meio de denúncia anônima, e ao chegar ao local, encontrou as meninas do lado de fora da casa, com a mãe, a dona-de-casa Patrícia Camila Alves Pompeo, 24. Os policiais constataram, ainda segundo o boletim, que as crianças estavam com escoriações no rosto. A menina de 3 anos apresentava um ferimento no nariz.

A PM, então, entrou na casa e questionou o técnico em informática, que afirmou que aquilo era apenas um corretivo, sem a intenção de machucar as crianças. As garotas foram levadas para o Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, onde foram medicadas, ficaram em observação, e, em seguida, liberadas. As lesões foram consideradas leves, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.

A reportagem tentou entrar em contato com a mãe, através de um telefone celular, entre 11h30 de ontem e 15h30 de hoje, mas as ligações caíram na caixa postal. Cinco recados foram deixados, em diferentes horários, mas não houve retorno.

O acusado foi encaminhado para a cadeia anexa ao 2º DP, no bairro São Bernardo. Uma fiança de R$ 3 mil foi estipulada, mas, como ela não pagou, acabou transferido para o Centro de Detenção Provisória de Campinas, onde deve paermancer pelo menos até o fim da tarde desta sexta-feira (25).

A reportagem também tentou contato com o preso, mas ele não dispunha, até o momento, de advogado constituido. O caso deve ser investigado pela DDM (Delegacia da Mulher) de Campinas, mas, até o início da tarde desta sexta-feira, (25) a ocorrência não havia chegato até a DDM.

Embora não tenha concedido entrevista, a mãe chegou a dizer durante o contato telefônico que o filho é uma “pessoa calma”, e que “nunca aconteceu isso”.