Em mais uma rodada de negociação com representantes da Polícia Civil, o Governo do Estado não recuou e a categoria vai esperar até segunda-feira (1) para convocar assembleia a fim de discutir a possibilidade de retomar greve em Mato Grosso do Sul.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado, Alexandre Barbosa, o governador não cumpriu dois itens do acordo firmado em maio em troca do fim da greve. A promessa era liberar gratificação de R$ 100 a toda a categoria e realizar as promoções, a partir deste ano, com base no critério de 80% por antiguidade e 20% por merecimento.

Encerrada a greve, no entanto, o governo, conforme Barbosa, só deu a gratificação a quem não aderiu ao movimento, no caso os peritos, papiloscopistas e aos agentes da polícia científica. Já a mudança nos critério de promoção o Executivo adiou para 2014.

O acerto foi fechado com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), designado pelo governador André Puccinelli (PMDB) para comandar as negociações pelo fim da greve. “Só que agora o governo não aceita o acordo firmado pelo deputado”, comentou o presidente do sindicato.

Na quinta-feira (27), segundo ele, Jerson, acompanhado do deputado Junior Mochi (PMDB), conversou com Puccinelli na tentativa de sensibilizá-lo a cumprir o combinado, já que um dia antes, em conversa com representante do governador, os policiais não conseguiram fechar acordo.

“O presidente da Assembleia foi viajar e, na segunda-feira, vamos nos reunir para ele nos relatar o teor da conversa com o governador”, contou Barbosa. No caso de Puccinelli insistir em não recuar, a categoria irá convocar assembleia para discutir a possibilidade de retomar greve, encerrada no final de maio.