Policiais federais vão fazer operação-padrão em aeroportos

Policiais federais vão fazer na próxima quinta-feira (19) uma operação-padrão nos aeroportos brasileiros como forma de protesto contra as terceirizações em funções exclusivas da Polícia Federal (PF). De acordo com o presidente da  Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, o objetivo é chamar a atenção do governo sem trazer prejuízos aos usuários dos […]

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Policiais federais vão fazer na próxima quinta-feira (19) uma operação-padrão nos aeroportos brasileiros como forma de protesto contra as terceirizações em funções exclusivas da Polícia Federal (PF). De acordo com o presidente da  Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, o objetivo é chamar a atenção do governo sem trazer prejuízos aos usuários dos aeroportos.

Wink disse que as funções exclusivas da PF estão sendo paulatinamente terceirizadas pelo governo. “O terceirizado deveria ser usado para as atividades meio, nunca para as atividades fim. Estão tentando terceirizar as pessoas para exercerem uma atividade de policial, como autorizar a entrada de estrangeiros no país.”

No dia da operação-padrão, os policiais vão alertar a população para a insegurança nos aeroportos e checar a documentação e bagagens de todos os passageiros que desembarcarem ou embarcarem no país. “Este trabalho deveria ser rotineiro, mas por falta de efetivo não é feito. A gente está fazendo isso para mostrar a precarização do serviço da PF.”

Para o presidente da Fenapef, além da falta de condições para trabalhar, os policiais também são atingidos pela falta de reajuste salarial. “De 2002 para cá, a Polícia Federal teve o menor índice de reajuste salarial. Teve 78% [de reajuste] ao passo que outras instituições tiveram 400% [de aumento]. Somos o grupo que tem o menor salário dentro do executivo.” Atualmente, o salário inicial de um agente é aproximadamente R$7,5 mil.

No próximo dia 24, a Fenapef fará uma assembleia geral para decidir quais serão os próximos passos do movimento. Segundo Wink, a categoria pode decidir, ainda, se começará uma greve. “Vamos nos reunir e ver o que vamos fazer. Uma greve não está descartada.”

A Superintendência da Polícia Federal foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.

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