Pela manhã, policiais civis e militares estiveram na casa do ex-cabo e recolheram documentos e objetos que serão periciados

Foram seis denúncias anônimas, segundo o delegado Wellington de Oliveira, indicando o policial militar aposentado Nelson Barbosa como sendo um dos responsáveis pela execução de Andrey Galileu Cunha, 31 anos, na rua Rio Grande do Sul, no dia 23 de fevereiro, que culminaram na operação conjunta de homens da 1ª D.P. (Delegacia de Polícia), Polícia Militar e Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), na manhã desta quarta-feira (7), em Campo Grande.

A equipe se deslocou até a residência do ex-cabo Barbosa, na esquina da avenida das Bandeiras com a Manoel da Costa Lima, na Vila Piratininga. No local foram apreendidos uma moto XT-660 de Nelson, uma capa de chuva, o computador de um comércio existente no local e o celular pessoal do suspeito.

“Continuamos investigando o crime e os objetos apreendidos passarão por perícia. Para nós, a prisão dos autores é uma questão de tempo”, fala o delegado sem repassar maiores detalhes, já que o caso segue em segredo de Justiça.

Nelson, acompanhado de seu advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, compareceu à delegacia para prestar depoimento. Em entrevista ao jornal Midiamax, ele afirma ser inocente.

“O que tenho a declarar é que não tenho nada a ver com este crime. Aliás, tudo o que sei é o que vi na imprensa e fiquei muito surpreso quando vi o delegado chegando na minha casa”, diz o militar aposentado.

De acordo com Nelson, ele estava na companhia de primos, que moram em Cuiabá (MT), no dia do crime. “O meu comércio tem câmeras e passei o dia inteiro com meus parentes, até as 21h. Tudo o que falei será provado com as imagens das câmeras. Eu sei que é o trabalho da polícia, mas para mim foi constrangedor eles terem fechado a minha rua e eu ser abordado daquela maneira”, alega o militar aposentado.

Questionado sobre uma possível ligação com Andrey, Nelson afirmou não ter nenhum vínculo com a vítima. “Eu apenas o conheci quando foi preso na Operação Las Vegas, em 2009, mas desconhecia qualquer detalhe sobre a vida dele. Acho que estão tentando me colocar como álibi neste crime, por conta de um rótulo de pistoleiro, que tive após um crime ocorrido no interior de São Paulo, no qual fui solto por falta de fundamentação”, explica Nelson.

Após o depoimento de Nelson, em que a corregedoria da Polícia Militar também esteve presente, a polícia aguarda o resultado da perícia e segue com as investigações.