Loester Mergareno Figueiredo, 28 anos, foi preso nesta quinta-feira (28), pela equipe da Denar (Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico), por conta de um mandado de prisão preventivo expedido pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, pelo crime de assassinato e tentativa de homicídio ocorrido em fevereiro deste ano. Ele seria um dos dois suspeitos na pratica do delito, que aconteceu na região da Gameleira, que fica na saída para Sidrolândia – na região sudoeste da Capital.
O suspeito foi localizado na Rua Eduardo Peres, na Vila Nhá-Nhá – região sul de Campo Grande, onde fica a residência dele. O suposto comparsa dele foi identificado como Wanderson Vieira de Souza, 24 anos, o “Bananinha”, que foi preso um mês após o crime.
Loester tem passagem policial pelo crime de roubo e já foi encaminhado para um dos presídios da Capital, na manhã de hoje, sob a responsabilidade da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). O crime está sendo investigado pela 5ª Delegacia da Polícia Civil, do bairro Piratininga – área sul.
Caso
Dandara Silva de Souza, 21 anos, e seu namorado André Duarte Pires foram vítima de um atentado ocorrido na tarde do dia 14 de fevereiro deste ano. Ela foi encontrada morta, próximo a uma estrada vicinal na saída para São Paulo.
Conforme depoimento de André, o casal estava na Vila Nhá-Nhá quando foi abordado por dois homens, que seriam Loester e Wanderson, que estavam em Celta de cor escura. O casal foi levado até uma área de mata da Gameleira, onde a dupla entrou em contato por celular com Rodrigo Lima do Nascimento, que estava preso no EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima).
Por telefone, Rodrigo falou com Dandara no viva voz que, ela e o novo namorado estavas jurados de morte e ordenou que os comparsas executasse o casal. A vítima ainda tentou suplicou pela vida, lembrando que tem uma filha, fato que foi irrelevante pelo presidiário. Diante da situação, André correu e foi atingido por quatro disparos de arma de fogo, porém ele conseguiu socorro em uma propriedade rural da região.
Já Dandara foi executada com cinco tiros. Os disparos foram feitos com uma pistola .40, de uso restrito, e que não foi localizada. Na época, André chegou a ficar internado na Santa Casa de Campo Grande, por conta dos ferimentos, e denunciou a polícia onde estaria o corpo da namorada.
Com os relatos, a polícia descobriu que Dandara era ex-namorada de Rodrigo, traficante da Nhá-Nhá, e que fazia visitas constantes para ele na Máxima, porém com o novo romance, a mulher parou de visita-lo. Ela também teria envolvimento com tráfico de drogas, pois fazia “pequenas correrias”, pela Vila. Abandonado no presídio pela namorada, Rodrigo ordenou por celular que os comparsas executassem o casal.
Rodrigo já foi preso por três vezes pela Denar, por conta de crime tráfico de drogas, inclusive quando adolescente. Além disso, ele já foi indiciado por homicídio, roubo e posse ilegal de arma de fogo. O detento também já fugiu da CPA (Colônia Penal Agrícola), quando houve progressão de pena, por isso, retornou à Máxima.