Policiais e técnicos encontram escutas na Assembleia do Paraná

Uma equipe formada por policiais civis e técnicos de uma empresa de segurança terceirizada que presta serviços à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) encontrou neste sábado (5) três equipamentos de escuta clandestina na sala reservada da presidência da Casa, em uma sala de reuniões e na sala do chefe de gabinete da primeira secretaria. A […]

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Uma equipe formada por policiais civis e técnicos de uma empresa de segurança terceirizada que presta serviços à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) encontrou neste sábado (5) três equipamentos de escuta clandestina na sala reservada da presidência da Casa, em uma sala de reuniões e na sala do chefe de gabinete da primeira secretaria.

A equipe também encontrou amplificadores e duas placas que transmitem áudio. Uma com alcance de 10 metros, o que fez a equipe técnica suspeitar que as gravações seriam enviadas para uma sala do quarto andar da Assembleia Legislativa. O local é o único com alarme e chave tetra da instituição. A outra placa permite que a gravação seja enviada para um receptor que esteja até cinco quilômetros de distância.

De acordo com informações dos técnicos especializados em sistemas de escutas, pela qualidade dos equipamentos usados era possível ouvir até cochichos. O valor destes materiais varia de R$ 20 mil a R$ 30 mil. “É uma demonstração do grau de bandidagem a que estávamos submetidos”, afirmou o presidente da Alep, deputado Valdir Rossoni (PSDB).

Desde sua posse, ele determinou o fechamento da gráfica e a exoneração de 300 funcionários. Entre eles 50 agentes de segurança, que segundo o presidente, recebiam altos salários, tinham familiares, com cargos comissionados na instituição, e coagiam os parlamentares.

Quando questionado sobre a participação na instalação dos equipamentos da equipe de segurança que foi exonerada, Rossoni afirmou que eles são, no mínimo, responsáveis. “Foram negligentes no trabalho ou coniventes com o crime”, declarou o presidente da Alep.

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