O ministro da Justiça da Líbia, Mustafá Abdel Yalil, deixou seu cargo “para protestar contra o uso excessivo da força contra os manifestantes” na Líbia, informou nesta segunda-feira um jornal líbio em sua edição on-line.
– O ministro Mustapha Abdeljalil, em uma ligação telefônica ao jornal Quryna, indicou que apresentou sua demissão para protestar contra o uso da força excessiva contra os manifestantes desarmados por parte das forças de segurança.
A Líbia vive a maior onda de protestos contra Muammar Gaddafi, que controla o país há 40 anos. O principal foco de manifestações é a cidade de Benghazi, no leste do país. A área é tradicionalmente um local onde Gaddafi tem menos apoio.
Relatos informaram que Benghazi foi tomada pelos opositores a Gaddafi. Havia também a notícia que o mesmo ocorreu em Syrta, cidade natal de Gaddafi, mas testemunhas desmentiram isto para a agência de notícias France Presse.
Como a Líbia restringe o trabalho da imprensa e não permite o acesso de fotógrafos e jornalistas a áreas como Benghazi, é difícil comprovar o que realmente acontece no país. Os veículos de comunicação utilizam de meios alternativos, como testemunhas, fontes, sites de vídeos, entre outros, para obter um panorama da situação.
A Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) é o órgão que havia informado mais cedo que várias cidades líbias teriam caído nas mãos dos manifestantes depois de deserção do Exército.
A fonte antecipou um balanço de 300 a 400 mortos desde o início da rebelião.