A Polícia Federal libertou na noite deste sábado (18), por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), o ex-governador Waldez Góes (PDT) e outras duas pessoas que cumpriam prisão temporária por participação em suposto esquema de desvio de recursos públicos do estado. Outros dois suspeitos de envolvimento na Mãos Limpas permanecem sob prisão preventiva, de acordo com a PF. Contra o governador ainda pesa suspeita de negociação de uma propina de US$ 30 milhões (veja vídeo ao lado).

 Ao todo, 18 pessoas chegaram a ser presas na operação, mas 12 haviam sido libertadas na semana passada. Operação A operação da Polícia Federal investiga um suposto esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

Foi constatado, de acordo com a PF, que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitavam as formalidades legais e beneficiavam empresas previamente selecionadas em vários órgãos da administração pública. Na operação, foram mobilizados 600 agentes federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além do Amapá, os mandados também foram cumpridos no Pará, Paraíba e São Paulo. Participam da ação 60 servidores da Receita Federal e 30 da Controladoria Geral da União (CGU). Em uma casa do presidente do Tribunal de Contas do Amapá, a PF encontrou R$ 1 milhão, cinco carros de luxo – entre eles uma e uma Maserati – e duas armas.