O traficante de drogas Ricardo Felix Ferreira, condenado duas vezes pela Justiça sul-mato-grossense, foragido desde o ano passado, protagonizou uma histórica que atraiu a atenção da imprensa em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. É que ele tentou se entregar à polícia mineira, que o recusou porque não tinha em mãos documento que confirmasse a versão do traficante. Ele só foi aceito na prisão após a polícia daqui emitir um comunicado para lá atestando que Ferreira era mesmo um foragido. Agora, o condenado deve ser trazido para cá.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de MS informou nesta manhã que Ricardo Ferreira foi condenado por tráfico de drogas pela primeira vez em 2003 e, de lá para cá, ele recebeu mais duas condenações, também por tráfico.
Ferreira escapou da prisão em 2008, foi recapturado e, fugiu de novo e, no ano passado, conquistou o direito de cumprir a pena em regime semiaberto. Ocorre que o condenado sumiu do Estado e é tido como foragido.
Lá em Belo Horizonte, o traficante, segundo a tevê Globo Minas, insistiu em ser preso, mas foi recusado. Leia trecho da matéria publicada hoje pelo jornal.
O Bom Dia Minas conta uma história que é tão difícil de acontecer que despertou dúvidas até da polícia. Um homem foragido do Mato Grosso do Ssul tentou se entregar aqui em Belo Horizonte. E ele foi insistente. Teria ido a várias unidades das polícias Militar e Civil, mas ninguém achava uma pista, um mandado de prisão que pudesse levá-lo para a cadeia.
Nós tentamos gravar entrevista com a Polícia Civil, mas a assessoria de comunicação da corporação só se manifestou por telefone. A assessoria informou que Ricardo Félix não teria ido a nenhuma delegacia e tentou se entregar abordando viaturas da Polícia Militar nas ruas da capital.
Ele só foi preso depois que a polícia do Mato Grosso do Sul encaminhou uma cópia do mandado de prisão para Minas Gerais. A assessoria de comunicação também informou que poucos policiais tem acesso ao Infoseg. O Ministério da Justiça, que administra o Infoseg, informou que ele é disponibilizado para as polícias de todo o país, mas que cada corporação decide como usá-lo.
