Das 28 presas na Operação da que apura esquema de fraudes em licitações e recebimento de propina em Dourados, apenas 11 continuam presas segundo lista divulgada nesta manhã. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça a pedido da Polícia Federal, conforme a assessoria de imprensa do órgão.

O Ari Artuzi (PDT) é um dos que permanecem na cadeia. Ele está preso em Campo Grande desde quarta-feira, dia 1º. Estão detidos em Dourados Maria Artuzi (primeira-dama), Carlinhos Cantos (vice-prefeito), Sidlei Alves (presidente da Câmara), Alziro Moreno (procurador-geral do município), Cláudio Marcel Hall, Marcelão (vereador licenciado e secretário de Serviços Urbanos), Humberto Teixeira (vereador), Edvaldo Moreira (vereador), Tatiana Moreno (secretária de Administração), Ignez Boschetti Medeiros (secretária de Finanças) e Dílson Cândido de Sá (secretário de Planejamento e Obras).

Já estão em liberdade graças à concessão de habeas corpus ou porque a prisão temporária que é de cinco dias venceu as outras 17 pessoas. Estão soltos, por exemplo, seis dos nove vereadores presos na quarta-feira: Aurélio Bonatto, José Cimatti, Zezinho da Farmácia, Júlio Artuzi, Marcelo Barros e Paulo Bambu que estava licenciado. Os vereadores aparecem em imagens recebendo dinheiro que seria de propina.

Também já estão respondendo a processo em liberdade Helton Farias (Gestor de Compras da Prefeitura), João Kruger (controlador-geral), José Roberto Barcelos Junior (ex-chefe de ), Marco Aurélio de Camargo Areias (superintendente do Hospital Evangélico), Thiago Vinícius Ribeiro (departamento de licitações), alem de Paulo Ferreira do Nascimento, Sidnei Lemes Erédia, Antonio Araújo, Geraldo de Assis, Carlos Gilberto Recalde e José Antonio Soares.

Dourados

O município de Dourados está desde sábado, dia 4, sob o comando do juiz Eduardo Machado Rocha que assumiu a prefeitura por determinação do desembargador João Carlos Brandes Garcia do TJ (Tribunal de Justiça) atendendo ao pedido do MPE (Ministério Público Estadual). Hoje, ele está anunciando os novos secretários do município.

O MPE tenta agora garantir no TJ intervenção no município. Se o Judiciário aceitar, caberá ao governador André Puccinelli (PMDB) indicar o interventor. Hoje, populares protestam nas ruas contra uma possível intervenção na cidade. Eles querem novas eleições imediatamente.

Na outra ponta, a defesa de Artuzi recorrerá ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedindo a liberdade do prefeito. Outra medida será a apresentação de um agravo regimental à Justiça como tentativa de garantir que Artuzi retome a prefeitura. A defesa argumenta que o prefeito não foi condenado e nem cassado, portanto, ainda tem mandato.