Um grupo de familiares, amigos e partidários do prefeito de Dourados Ari Artuzi que continua preso em Campo Grande por causa de denúncia de desvio de recursos públicos denunciados na Operação Uragano iniciou o movimento “Fala Artuzi” na tarde ontem.

Com faixas e cartazes os manifestantes permaneceram a tarde inteira em frente à casa de Artuzi localizada na Rua Álvaro Brandão, 2095 no Jardim Canaã I na periferia de Dourados. A estudante Sueli de Freitas afirmou que já passou a hora da justiça libertar Artuzi para que ele possa se expressar e se defender das acusações que lhe foram impostas “de peito aberto e encarando a população”.

Adilson Domingos que também participa do movimento em defesa da liberdade de expressão a Artuzi afirmou que as manifestações vão continuar nesta quinta-feira em frente ao prédio do Fórum. Segundo ele “será um protesto silencioso quando estaremos com faixas e cartazes pedindo a libertação do prefeito”.

Hoje os manifestantes fizeram uma passeata saindo do jardim Canaã até o centro da cidade para alertar a população sobre a situação em que se encontra Artuzi. Na opinião de Sueli de Freitas, a prisão de Artuzi já ganhou um cunho político. “Quem tem medo do que Artuzi poderá dizer?”, indagou Sueli que lamenta a forma como o prefeito está sendo tratado pelo Poder Judiciário.

A principal faixa do protesto diz que “liberdade de expressão é um direito de Todos. Amordaçaram Ari Artuzi”. Se Artuzi continuar preso em Campo Grande os partidários dele pretendem fazer uma caravana para fazer um protesto em frente ao prédio do Tribunal de Justiça para que seja garantida a liberdade e possibilidade de Artuzi falar o que sabe sobre a Operação Uragano e os políticos envolvidos.

O desembargador Manoel Mendes Carli disse que a denúncia apresenta 17 eventos ilícitos praticados por Ari Artuzi como direcionamento de licitação a favor de hospital evangélico em troca de R$ 50.000,00 que seriam utilizados para o pagamento de “mensalinho” a vereadores; o recebimento de vantagem indevida por construtura que realiza obras fraudulentas no município como também de outras empresas; o convênio firmado com empresa para limpeza urbana e coleta de lixo a troco do recebimento de R$ 350.000,00, dentre outros eventos.