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Opinião

195 anos do Livro de Mórmon

Wilson Aquino*
Admin -

Em março deste ano, o Livro de Mórmon, considerado pelos fiéis de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias como outro testamento de Jesus Cristo, completou 195 anos desde sua primeira publicação. Longe de ser apenas um livro religioso, ele é uma escritura sagrada, uma dádiva de Deus ao mundo moderno, repleta de ensinamentos, histórias e profecias que iluminam o propósito eterno da existência humana e a missão divina de Jesus Cristo.

Traduzido por inspiração divina por Joseph Smith, o profeta da Restauração, o Livro de Mórmon foi publicado pela primeira vez em 1830, nos Estados Unidos. Desde então, tem sido um instrumento vital na restauração do evangelho de Jesus Cristo em sua plenitude, da forma que Ele mesmo estabeleceu quando esteve sobre a Terra. Ao lado da Bíblia Sagrada, ele testifica de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, o Salvador do mundo.

Mais do que um registro espiritual, o Livro de Mórmon é um documento histórico e profético. Ele relata a saga de povos antigos que habitaram as Américas — os jareditas, nefitas e lamanitas — descendentes de migrantes guiados por Deus desde o continente oriental até o novo mundo. Escrito por profetas e compilado pelo profeta-historiador Mórmon (daí o nome do livro), sua narrativa abrange aproximadamente mil anos de história sagrada, culminando em um dos eventos mais sublimes de toda a escritura: a visita pessoal de Jesus Cristo às Américas, logo após Sua Ressurreição.

Esse momento, registrado no livro de 3 Néfi, é um dos tesouros mais comoventes da literatura espiritual: Cristo aparece a um povo fiel, ministra entre eles, cura os enfermos, abençoa as crianças, institui o sacramento e reafirma Seus ensinamentos eternos. É um testemunho irrefutável de que Ele é o Salvador de todas as nações, e não apenas dos que viveram em Jerusalém.

Além disso, o Livro de Mórmon inclui o Livro de Éter, que relata a história do povo de Jarede — descendentes daqueles que foram dispersos na Torre de Babel. Ao reunir todas essas narrativas, ele cumpre um propósito grandioso: convencer judeus e gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, e que todas as nações podem se achegar a Ele.

A obra é composta por 15 livros, como I e II Néfi, Jacó, Mosias, Alma, Helamã, III e IV Néfi, Mórmon, Éter e Morôni. Suas páginas são repletas de doutrinas, conselhos, visões e profecias. Entre seus temas centrais estão a fé, o arrependimento, a caridade, a obediência aos mandamentos e a esperança na vida eterna.

Do ponto de vista profético, o Livro de Mórmon harmoniza-se perfeitamente com a Bíblia. Ambas as escrituras testificam do nascimento, ministério, morte expiatória e segunda vinda de Cristo. Também se entrelaçam ao falar da dispersão e posterior restauração de Israel, da edificação de Sião, e da preparação para os eventos finais antes da Segunda Vinda do Senhor. Não há contradição entre elas, apenas complementaridade e profunda coerência espiritual.

O impacto espiritual do Livro de Mórmon é transformador. Milhões de pessoas em todo o mundo já testificaram das mudanças positivas em suas vidas após o contato com essa escritura. Seus ensinamentos ajudam os leitores a encontrar propósito, a superar provações, a fortalecer famílias e a trilhar o caminho do discipulado cristão com clareza e confiança. Muitos declaram que, ao lê-lo com sinceridade, sentem a presença do Espírito Santo confirmando sua veracidade.

Outro ponto que merece destaque é o papel do Livro de Mórmon como marco da Restauração do evangelho de Jesus Cristo. Sua vinda ao mundo não foi apenas um acréscimo às escrituras sagradas, mas um sinal profético de que Deus voltou a falar com a humanidade por meio de profetas vivos. Ele preparou o caminho para a organização da Igreja restaurada de Cristo, com autoridade divina, ordenanças válidas e revelação contínua.

Nesses tempos modernos, marcados por incertezas, dúvidas e confusão espiritual, o Livro de Mórmon se apresenta como uma bússola segura. Seus ensinamentos morais e espirituais são mais atuais do que nunca. Ele fala sobre liberdade religiosa, responsabilidade individual, justiça social, o valor da família e o poder do arrependimento. Ele não apenas responde às perguntas mais profundas da alma humana, mas também aponta para o caminho da verdadeira paz e felicidade.

E, por fim, vale lembrar que o próprio Senhor declarou que esse livro seria um testemunho final nos últimos dias. O profeta Néfi, inspirado pelo Espírito, viu em visão que o Livro de Mórmon sairia “da terra” para convencer o mundo da verdade. Esse tempo chegou. E cada exemplar impresso, cada tradução feita, cada testemunho compartilhado, é o cumprimento dessa profecia gloriosa — e um convite para que todos os filhos de Deus conheçam e sigam a luz do Evangelho restaurado.

Convido todos, especialmente aqueles que ainda não o conhecem, a lerem esse livro com um coração aberto e sincero. Sua mensagem é universal, poderosa e profundamente atual. Como prometeu o profeta Morôni em suas palavras finais: “E quando receberdes estas coisas, pergunteis a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo, se não são verdadeiras; e se perguntardes com um coração sincero, com real intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifestará a verdade delas pelo poder do Espírito Santo” (Morôni 10:4).

Que mais pessoas possam sentir, ao lê-lo, a verdade sublime de que Jesus vive, de que Ele falou também aos povos das Américas, e de que Seu evangelho foi restaurado em nossos dias para preparar o mundo para Sua gloriosa volta.

*Jornalista e Professor

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