Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A personalidade, a obra e a presença política de JK devem merecer novas abordagens. E pode ser de grande utilidade para a classe política, tanto governo quanto oposição. Afinal, JK conquistou o sonho de todo homem público, que é o reconhecimento da história, serenadas as paixões, passado o tempo.
A primeira lição do político, que foi prefeito de Belo Horizonte, deputado federal, governador de Minas, presidente da República e senador, é a de que a base de sustentação de sua carreira foi o fato de ter sido um dirigente realizador, inovador e dinâmico desde a sua passagem pela prefeitura da capital mineira. No Palácio da Liberdade, apesar dos problemas econômicos e do tumulto político, renovou a marca da competência e da ousadia do comando do Estado. A Presidência foi uma decorrência natural, com o notável plano de metas e a construção de Brasília. Sua trajetória demonstra que o homem público tem de realizar, inovar, ousar e acreditar que o Brasil é maior do que as dificuldades e as crises.
A segunda lição se aprende ao observar o temperamento de JK, marcado pela alegria, o sorriso, a cordialidade e a generosidade. Tomou posse meses depois de um movimento militar que visava impedir o respeito à vontade das urnas, enfrentou logo um levante de oficiais da Aeronáutica. Respondeu com pronta e generosa anistia, sem alarde, e esvaziou a importância das manifestações dos inconformados e manipulados, muitos jovens e idealistas.
Depois de 1964, quando sofreu a injustiça de uma perda de direitos políticos inspirada no trabalho da Carlos Lacerda e no grupo de udenistas então influentes, reagiu com grandeza, sem nunca demonstrar mágoa ou justo ressentimento. Afinal, recebeu pedido de apoio do Marechal Castelo Branco para sua candidatura presidencial. Votou nele e, semanas depois, foi atingido por ato revolucionário. JK obviamente nada tinha de subversivo, comunista ou corrupto.
Viveu em estado de permanente otimismo, com o Brasil, com a vida, cercado de amigos e admiradores. A dignidade com que se portou, a modéstia de seus hábitos e de sua vida pessoal simples e austera, o sentido do companheirismo com a mulher e do carinho com as filhas e netos são marcas suas. Não escondia sua admiração pelas grandes obras dos governos militares, passando por cima das incompreensões de que era vítima pelo grupo no poder.
O exemplo de JK ganha força quando se percebe que o momento político que vivemos tem as marcas da intolerância, quando não do ódio. O reconhecimento que alcançou é fruto da combinação do dinamismo do homem público com a generosidade da figura humana rica e bonita. Como lembra Pedro Rogério Moreira, o sorriso era a marca de JK.
Nada mais educativo do que a reflexão sobre esse exemplo, de cuja época os mais moços ainda encontram referências testemunhais, da família, na política, na literatura. Muitos ainda se lembram de fatos que marcaram a vida desse brasileiro singular, que deve formar com o Imperador Pedro II a dupla que mais perto se aproximou do consenso nacional.
Afinal, precisamos deste conjunto que fez de JK estadista consagrado por seus contemporâneos. Mais realizações, melhor convívio e menos ressentimentos entre os atores que fazem o momento importante que vivemos.
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
Dólar fecha abaixo de R$ 6,00 com notícia de novo procedimento de Lula
Desde a sessão de ontem, após a internação de Lula no hospital Sírio-Libanês
Pronto para explorar a Europa? Comece por essas 6 cidades incríveis
Viajar pela Europa é um sonho para muitos e uma experiência que encanta a todos. Com sua riqueza cultural, diversidade de paisagens e história fascinante, o continente oferece destinos para todos os gostos. Seja você um amante da arquitetura, da gastronomia, das artes ou da natureza, há sempre algo novo para descobrir. Mas, por onde…
Foragido por matar mulher há 22 anos no Nova Lima é preso em Campo Grande
Maria Cristina Flores Recalde foi assassinada com tiro na nuca em julho de 2002
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.