É preciso juízo

Não podemos tapar o sol com a peneira, pois é do enfrentar a realidade que vivemos de maneira objetiva, é o que precisamos. É ato de humana.

Pelo andar da carruagem, a ção no Brasil, considerando a população e a burocracia envolvida, vai levar o ano inteiro para surtir efeito. O mesmo país que vacinou 80 milhões em dois meses contra a gripe não consegue avançar quanto a um vírus mortal, pandêmico. E nem teria vacinas para tal. Mesmo assim, não se vai à caça para obtermos vacinas.

Além das duas aprovadas para uso emergencial pela Anvisa, existem outras possibilidades que parece não serem consideradas. É como se a velocidade da imunização não estivesse atrelada às condições para a retomada de atividades econômicas, geração de empregos, arrecadação e paz social.

A vacina russa Sputnik está sendo aplicada em outros países latino-americanos e é sucesso na própria Rússia. Existe convênio assinado com o governo do Paraná, mas nada de objetivo está sendo feito para sua fabricação no Brasil, por laboratório com fábrica em .

As vacinas dos laboratórios americanos, três já em aplicação mundial, são de laboratórios presentes no mercado brasileiro de forma relevante. Não seria complicado agilizar a compra delas. A questão do armazenamento, que inibe o uso em todo território nacional, e o custo bem superior às demais, seriam determinantes, pelo bom senso, a serem comercializadas para o setor privado, que, supostamente, teria mercado com poder aquisitivo para tal. Facilitaria a imunização e aliviaria os estoques do SUS, para uso geral. Ademais, são milhares as empresas dispostas a pagarem para seus funcionários, como condição para a volta menos tensa ao trabalho, que o próprio presidente Bolsonaro tanto defende.

A questão está travada pelo elitismo cruel dos ideológicos de esquerda, que combatem a abertura para o setor privado em nome de uma suposta desigualdade. Como se esta fosse acabar devido a se dar à vacinação da COVID o mesmo tratamento usual, há décadas, às demais vacinas. O grave é que já temos clínicas e laboratórios aptos a uma vacinação de alguns milhões de brasileiros por semana.

O povo, por sua vez, está apático e irresponsável ao resistir aos cuidados consagrados, que são: distanciamento social, uso das máscaras e evitar aglomerações. Nisso, todos têm culpa, e não apenas o presidente.

A República, na união de seus três poderes, tem o dever de mudar esta realidade, de maneira rápida e eficiente, pois, neste momento, a futricaria só pode nos levar à implosão econômica, política e social. A sociedade está perplexa com este desencontro da cúpula dos três poderes com a realidade dramática de metade da população.

A eleição nas mesas  do Congresso pode  ser um bom sinal.