Guedes e o Congresso contra o relógio

A pandemia está sob certo controle, vai permanecer entre nós de forma preocupante mais uns dois meses, mas a normalidade está voltando, pressionada pela realidade do esgotamento de despesas e prejuízos que chegaram ao limite. Mais um pouco, a situação ficará sem solução.

Afinal, neste mundo globalizado, a interligação das economias é total e, neste cenário, todos os países estão em crise, com prejuízos nestes quatro meses que já agravam os mais endividados, como os europeus. Logo, temos de disputar um mercado com muitos países com a corda no pescoço. Temos de ser realistas e agressivos.

O Brasil pode disputar capitais de investimentos na indústria e nos serviços, uma vez que tem um mercado próprio considerável, mão de obra razoavelmente preparada, logística moderna e em plena expansão, com licitações de portos em toda a costa.

Mas, na verdade, tudo agora passa a depender do Congresso. O governo fez seu dever de casa, apresentou reformas, sinalizou o que é receptivo em termos de simplificação fiscal e burocrática, facilitando tudo que possa abrir a economia para a presença internacional. Um novo toque na área trabalhista seria bem-vinda. O mundo está nesta linha e nós não perder oportunidades em função de posições demagógicas ou ideológicas. AS privatizações têm de andar. O Ministro Paulo Guedes é preparado e respeitado . Aderiu a vida pública para valer.

O presidente Bolsonaro deu um passo importante na direção do sucesso de seu governo ao limitar seus correligionários que vinham lhe criando problemas, inconvenientes e que poderiam colocar em risco a própria governabilidade. Ao que tudo indica, não irá mais para o confronto com os demais poderes da República e vai permitir uma pauta positiva para a recuperação econômica.

Uma pena perder a oportunidade na medida em que formou uma das melhores equipes de governo da história republicana. E pode, com habilidade política, transparência e bom senso, unir as forças mais responsáveis da sociedade num projeto de reerguimento nacional.

A luta é contra o relógio, o que tem de ser feito tem de ser agora. A economia pública e a privada não suportam esperar o próximo ano. A demora pode ser tão fatal para a economia como uma ação médica para um cidadão enfermo.

 

Perder tempo será perder a batalha!!!

 


* Articulista e