A caridade nunca falha

Em tempos de pandemia, em que o homem, em quarentena, se vê obrigado a se afastar do mercado de trabalho, de seu ganha pão de todos os dias, por conta de um vírus ameaçador de sua vida e à vida de sua família, a Caridade nunca foi tão necessária para a sobrevivência de todos.

Junto com palavras sinônimas como a e o Amor ao próximo, o momento é agora da Caridade aflorar no coração de todos aqueles que podem, de alguma forma, ajudar os necessitados, que são muitos em todo o país, em todo o mundo. Uma palavra de esperança, um pedaço de pão, são ajudas que tantos necessitam.

É preciso socorrer os pobres e desempregados, que estão com suas dispensas e panelas vazias. Consequentemente, com fome.

São milhares de milhares de pessoas e famílias no Brasil e no mundo que estão atravessando uma fase dificílima por conta da reclusão obrigatória em casa, sem poder trabalhar. Pessoas que trabalham hoje para poder comer e viver amanhã, mesmo com o mínimo de dignidade. Dependem vitalmente de remuneração a cada fim de semana, quinzena ou mês. Sem isso, o caos. Com consequências incalculáveis, já em andamento.

E não basta achar que a resolução desse problema social é apenas do Governo. Por maior que sejam as somas; por maior que sejam os esforços de se destinar R$ 600 ou mais para essas pessoas, sabemos que muitas, mas muitas mesmo, não serão alcançadas por conta de diversos fatores. Precisamos fazer a nossa parte.

Muito se pode fazer para ajudar. Como o esforço patronal de manter  os empregos de todos os seus funcionários sem redução salarial, o quanto de tempo que suas riquezas permitirem; A doação de cestas básicas de mantimentos a famílias que vivem nas periferias das cidades; A extensão de prazos para o pagamento de nossos devedores e até, se for o caso, o perdão de determinadas dívidas, são maneiras  que podemos executar em benefício de nossos semelhantes.

Como em todas as coisas e situações, podemos sempre tirar aprendizados e lições, não há dúvida de que  a quarentena propicia oportunidade única do homem mergulhar no fundo de seu próprio ser para então enxergar todas as falhas e imperfeições de sua armadura que usa no combate do dia a dia. Obter esse conhecimento e consciência permite ao homem consertar, se assim o quiser, para tornar-se melhor.

Qualquer ato ou ação em benefício do próximo, em forma de Caridade, de doação, não tem preço no tocante ao fortalecimento e crescimento espiritual de quem serve.

Felizes aqueles que, mesmo com pouco, muito fazem para que alguns tenham mais conforto material e espiritual.

Felizes aqueles empregadores que abrem mão de ganhar muito e praticamente sozinho, para permitir àqueles que os servem  sejam também remunerados com salários justos (valores que deveriam ser pagos pelo que ele realmente vale. Pelo que ele rende à empresa e não simples pisos e tabelas que são legais, porém imorais na maioria dos casos, quando se sabe que são eles, empregados, grandes responsáveis por grandes fortunas adquiridas pelo empregador).

Felizes aqueles que compreendem com toda a força de seu Espírito, o grande e poderoso significado do Mandamento de Deus, de “Amar ao próximo como a ti mesmo”, e praticam com alegria a Caridade.

Felizes sim, pois serão todos abençoados  com alegria e prosperidade. Afinal, a Caridade nunca falha, pois ela é o puro amor de Cristo.

Todo indivíduo precisa trabalhar essa virtude no seu interior. Quem não se esforça para que a Caridade  se evidencie e floresça no coração, mente e ação, precisa se empenhar mais na prática do amor e da bondade, além de dobrar os joelhos em oração.

Na autoavaliação que a quarentena tem permitido aos montes, o homem precisa enxergar seus  sentimentos egoístas, maldosos, mesquinhos… e procurar mudar para respeitar e ajudar o próximo. Somente dessa forma ele encontrará mais alegria na vida e desfrutará da verdadeira e plena felicidade.

É isso… a Caridade nunca falha!

 


 

*Jornalista e Professor

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