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Mundo

Trump exige trégua na Ucrânia em 50 dias e ameaça Rússia com tarifas

Tarifa pode chegar a 100%, o que afetaria países como China, Índia e Brasil
Agência Estado -
Donald Trump (Foto: Reprodução/X)

Donald Trump ameaçou nesta segunda-feira, 14, impor “tarifas severas” a países que fizerem negócio com a Rússia, caso Moscou não negocie um cessar-fogo com a Ucrânia em 50 dias. O anúncio foi feito na Casa Branca, ao lado do secretário-geral da Otan, Mark Rutte.

Segundo o presidente, a tarifa pode chegar a 100%, o que afetaria países como , Índia e Brasil. Trump e Rutte aproveitaram o encontro para anunciar um acordo para enviar armas para a Ucrânia, incluindo sistemas de defesa Patriot, custeado pelos europeus.

“Estamos muito insatisfeitos e vamos aplicar tarifas severas à Rússia se não alcançarmos um acordo em 50 dias”, disse Trump, durante reunião com Rutte. O presidente mencionou ainda “tarifas secundárias”, que afetariam países que fazem comércio com os russos — o Brasil é um dos maiores compradores de óleo da Rússia. “Tarifas secundárias são muito poderosas. Espero que dê certo”, disse Trump.

A Rússia está sob sanções ocidentais desde a invasão da Ucrânia e o volume de exportações para os EUA é baixo, o que reduz o impacto das tarifas. A ameaça é diferente do pacote de sanções que um grupo de 80 senadores defende no Congresso. A proposta deles pretende impor 500% de tarifa para países que comprarem petróleo e urânio russos.

O tom de Trump marca uma mudança de posição do presidente americano. Ele vem resmungando que Putin continua lançando ataques na Ucrânia mesmo depois que os dois tiveram “conversas telefônicas muito agradáveis”.

“Eu falo muito com ele sobre resolver essa questão. E sempre penso: ‘Essa foi uma boa ligação telefônica’. Depois, mísseis são lançados em Kiev ou em alguma outra cidade”, disse Trump, indicando que isso ocorreu “três ou quatro vezes”. Por isso, segundo o americano, ele chegou à conclusão de que “as conversas não significam nada” para Putin.

“Não quero dizer que ele é um assassino, mas é um sujeito durão. Isso foi provado ao longo dos anos. Ele enganou muitas pessoas”, disse Trump sobre Putin, citando uma lista longa de ex-presidentes americanos. “Ele não me enganou. Mas, conversa não é ação. Tem de haver ação. Tem de haver resultados”.

Defesa

Trump confirmou ontem a retomada do envio de sistemas de defesa para os ucranianos, dizendo que a conta será paga pela Otan. No encontro, o presidente disse que enviará uma nova leva de armamento às tropas ucranianas, selando a retomada da ajuda dos EUA a Kiev e a reaproximação com o governo ucraniano.

Em junho, o Pentágono suspendeu o envio de mísseis de defesa e munições de precisão. Ontem, como havia prometido no domingo, Trump reafirmou que enviará os sistemas Patriot, considerado um escudo antimíssil eficaz – e cujo uso na Ucrânia Putin já disse considerar “uma provocação”.

O Patriot é o mais avançado sistema de defesa que o Ocidente já enviou à Ucrânia, e cada unidade custa US$ 3 milhões (R$ 15,6 milhões). Ontem, Trump não só falou em enviar as armas — que destroem mísseis e drones russos — como garantiu que mandará, por meio da Otan, baterias de lançamento, o que agiliza seu uso por tropas ucranianas. “Eles chegarão em alguns dias”, disse.

Elogios

No encontro com Rutte, Trump fez um raro elogio à por ter “muito espírito” na defesa da Ucrânia. “A Europa forte é uma coisa muito boa”, disse o presidente, também uma mudança com relação a discursos anteriores.

Trump passou meses trabalhando para encerrar o conflito na Ucrânia, mas parou nas exigências de Putin, que não parece interessado em um cessar-fogo e acredita estar vencendo a guerra Isso pode ter impulsionado a decisão do americano de permitir que os países europeus comprem armas fabricadas nos EUA para ajudar Kiev a se defender.

“Em resumo, vamos fabricar armas de primeira linha, e elas serão enviadas para a Otan”, disse Trump. Rutte afirmou que o arranjo “também pode significar que os países da Europa moverão equipamentos rapidamente para a Ucrânia — e os EUA poderiam repor os estoques desses países. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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