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Trump envia fuzileiros navais para Los Angeles; protestos pró-imigrantes se espalham pelos EUA

Fuzileiros navais normalmente são empregados em conflitos no exterior e não para atuar dentro dos Estados Unidos
Diego Alves -
Integrantes da Guarda Nacional dos Estados Unidos desembarcam no centro de Los Angeles, Califórnia. Foto: Divulgação

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou na noite desta segunda-feira, 9, o envio de 700 fuzileiros navais para as ruas de Los Angeles para dar apoio à Guarda Nacional na repressão a manifestantes que protestam pelo quarto dia seguido contra sua política de linha-dura contra a imigração ilegal.

Os atos devem se espalhar ao longo da noite e madrugada para outras cidades do país. Há convocação de protestos no Oregon, Washington, Nevada, Novo México, Wisconsin, Illinois, Michigan, Pensilvânia, Nova York, Massachusetts, Carolina do Norte, Geórgia, Flórida, Kentucky e Louisiana.

A militarização das ruas da maior cidade da Califórnia desde o fim de semana ampliou a crise política entre o e o Estado, liderado pelo governador democrata Gavin Newson, que acusa a Casa Branca de atuar fora de suas atribuições para reprimir críticos de Trump, além de estimular a violência política dentro dos EUA.

A ordem de enviar os fuzileiros navais, que normalmente são empregados em conflitos no exterior e não para atuar dentro dos Estados Unidos, foi dada pelo Departamento de Defesa. Eles devem chegar à Califórnia na manhã de terça-feira.

“Isso é uma provocação, não apenas uma escalada”, disse o governador Gavin Newsom sobre a decisão do presidente Trump de enviar 700 fuzileiros navais para os protestos na Califórnia. “O objetivo é semear mais medo, mais raiva e nos dividir ainda mais”.

Antes do Pentágono convocar os fuzileiros, Trump tinha dito em Washington que a medida talvez não fosse necessária. “Vamos ver o que acontece, acho que estamos com a situação sob controle”, afirmou no meio da tarde.

Mas ao mesmo tempo em que relativizou a necessidade de enviar mais militares à Califórnia, Trump fez duros ataques contra Newson e chegou a sugerir que o czar da , Tom Homan, deveria prender o governador, acusando-o de obstruir as operações de fiscalização da imigração em Los Angeles.

Mais cedo, o gabinete de Newson entrou com um processo na Justiça contra o governo federal por uso indevido da Guarda Nacional. Os advogados da Califórnia argumentam que as forças de segurança locais estavam gerenciando os protestos de forma efetiva e que a presença da Guarda Nacional não era necessária.

No sábado, 7, Trump federalizou o controle da Guarda Nacional da Califórnia e enviou 2 mil soldados para Los Angeles por pelo menos 60 dias para repelir os protestos contra as deportações em massa do governo.

A ordem do presidente americano sugeriu que os protestos contra as medidas de deportação estavam interferindo no processo dos agentes e constituíam uma rebelião contra a autoridade do governo federal e sua capacidade de aplicar a lei federal.

A medida de Trump, no entanto, foi muito questionada por especialistas. Muitos deles afirmaram que não havia a necessidade de enviar tropas da Guarda Nacional com este precedente.

Medidas como essa geralmente são tomadas após o pedido dos governadores. A única exceção ocorreu em 1965, quando o presidente Lyndon Johnson acionou a Guarda Nacional à revelia do governo do Alabama para proteger manifestantes que protestavam contra as leis racistas do Estado e pelos direitos civis dos negros.

Manifestantes nas ruas

As ruas de Los Angeles continua tensa, mas os protestos, até agora, seguem pacíficos. Durante a tarde, centenas de pessoas se reuniram no centro da cidade para pedir a libertação de David Huerta, um proeminente líder sindical que foi detido por agentes federais na sexta-feira, 6. Ele foi liberado sob pagamento de fiança.

Em Nova York, do lado de fora de um tribunal federal, cerca de 100 manifestantes se reuniram para protestar contra os funcionários da Imigração e Alfândega. Alguns entraram em confronto com policiais.

Enquanto um ônibus de turismo passava pela cena caótica, pelo menos duas pessoas foram presas e a multidão gritava: “Não ao ICE, não ao KKK, não aos EUA fascistas”.

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