As Forças de Defesa de Israel (IDF) e a Agência de Segurança Israelense (ISA) atingiram “dezenas de alvos terroristas” em toda a Faixa de Gaza, incluindo comandantes do Hamas, segundo informações divulgadas por Israel nesta quarta-feira, 19, via Telegram.
“Os ataques foram conduzidos para danificar as capacidades militares e governamentais das organizações terroristas e para remover ameaças ao Estado de Israel e seus cidadãos”, menciona o comunicado.
De acordo com a mensagem, foram mortos o chefe do governo do Hamas, Essam Al-Da’alis, o chefe de segurança interna do grupo, Muhammad Al-Jamasi, o responsável por assuntos de interiores, Mahmoud Abu-Wutfa, o ministro da Justiça, Ahmed Alhata, o chefe das Forças de Segurança, Bahajat Abu-Sultan, e o responsável por assuntos de segurança, Yasser Mousa.
‘Apenas o começo’
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que o ataque foi “apenas o começo” e que Israel seguirá com a campanha militar.
O Exército de Israel também ordenou o deslocamento da população que mora no leste de Gaza, indicando que Israel poderia iniciar novas incursões terrestres no território. O retorno aos bombardeios impulsionou Netanyahu politicamente, já que o partido de extrema direita liderado por Itamar Ben-Gvir retornou ao governo com a quebra da trégua.
Um alto funcionário do Hamas afirmou a Associated Press (AP) que o retorno de Israel a guerra equivale a uma “sentença de morte” para os reféns israelenses. 59 sequestrados permanecem no enclave palestino, sendo que o governo israelense acredita que apenas 24 estão vivos.
Por meio de relatos de reféns libertados, famílias de pelo menos 13 sequestrados receberam informações de que seus entes queridos estão vivos desde o inicio do cessar-fogo em janeiro. Alguns reféns apareceram em vídeos publicados pelo Hamas, como Evyatar David e Guy Gilboa-Dalal, que foram levados a “cerimônia” de libertação de outros sequestrados durante a primeira fase da trégua, em um sinal claro de tortura psicológica.
O grupo terrorista também publicou um vídeo de despedida dos irmãos argentinos Eitan e Yair Horn antes da libertação de Yair no dia 15 de fevereiro. O Estadão entrevistou o pai dos argentinos, Itzik Horn, para uma reportagem especial de um ano da guerra entre Israel e Hamas. (Com informações da Associated Press).
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