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Exército do Sudão retoma controle do palácio presidencial de Cartum

Desde o início do conflito, em 2023, pamilitares ocuparam o palácio sudanês e usavam o local como depósito de armas e munições
Evelyn Mendes -
Ataque aéreo atingiu distrito de Dar al-Salam, em Omdurman, subúrbio a Noroeste da capital Cartum, deixando 22 civis mortos. ABP- 2023

O Exército sudanês retomou, nesta sexta-feira, 21, o controle do palácio presidencial em Cartum, nas mãos dos paramilitares, após uma intensa batalha, anunciou um porta-voz militar, quase dois anos depois do início da guerra

A estatal divulgou imagens de combatentes celebrando a retomada, antes de que três de seus jornalistas morressem em um ataque com drones, indicou uma fonte militar.

Em um comunicado publicado no Telegram, as Forças de Apoio Rápido (FAR) afirmaram ter lançado uma “operação relâmpago” contra o palácio. “A batalha pelo Palácio Republicano não terminou”, afirmaram.

O Sudão está submerso em uma guerra desde 15 de abril de 2023, no qual o chefe do Exército regular, Abdel Fatah al Burhan, enfrenta um ex-auxiliar, líder das FAR, o general Mohamed Hamdan Daglo.

O palácio presidencial, em Cartum, a capital do Sudão, estava ocupada pela facção paramilitar desde o início do conflito. Após a conquista do local, as FAR tomaram rapidamente o controle da cidade, o que obrigou o governo alinhado com o Exército a fugir para o Porto de Sudão, às margens do Mar Vermelho.

Os soldados do Exército compartilharam nesta sexta-feira nas redes sociais vídeos filmados no que seria o interior do palácio presidencial. A AFP não conseguiu verificar essas imagens de imediato.

“Nossas forças destruíram por completo os combatentes e o material do inimigo, e se apoderaram de grandes quantidade de equipamentos e armas”, disse o porta-voz militar Nabil Abdalá, em um comunicado divulgado pela televisão estatal.

O Exército “seguirá avançando em todas as frentes até que a vitória seja completa e cada centímetro de nosso país seja expurgado da e de seus partidários”, acrescentou Abdalá.

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Um especialista militar, que falou sob anonimato por razões de segurança, afirmou à AFP que “com a estrada do Exército no Palácio Republicano, que siginifica o controle do centro de Cartum, a milícia perdeu suas forças de elite.

Os paramilitares instalaram suas tropas de ellite e armazenaram muitas armas e munições a antiga sede do governo, símbolo da soberania estatal do Sudão, segundo fontes militares.

Nos últimos meses, o Exército parece ter mudado o rumo da guerra, avançando no centro do Sudão para recuperar território antes de entrar em Cartum.

Em janeiro, o Exército rompeu um cerco de quase dois anos das FAR ao seu quartel general, o que permitiu às tropas se fundirem com outros batalhões e cercarem os paramilitares no centro da cidade.

“O que restava das milícias das FARF fugiu para alguns edifícios” do centro de Cartum, declarou à AFP uma fonte militar que pediu anonimato.

Nas últimas semanas, o Exército retomou o controle do setor norte de Cartum – do outro lado do Nilo Azul a partir do centro da cidade -, assim como setor leste do Nilo, ao leste da capital.

As FAR mantêm posições mantêm posições em Cartum e em sua cidade gêmea de Ondurman, do outro lado do Nilo Branco.

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No resto do país, os combatentes se intensificaram nas últimas semanas no El Fasher, capital de Darfur do Norte, sitiada desde maio e que as FAR tentam tomar para controlar o conjunto da vasta região de Darfur.

El Fasher é a unica cidade rica da região de Darfur que está fora do controle dos paramilitares.

Desde seu início, a guerra causou milhares de mrotos e o deslocamente de 12 milhões de pessoas, provocando a maior crise alimentar e de deslocamento do mundo.

Na Grande Cartum, pelo menos 3,5 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas como consequência da violência, e pelo menos 100.000 pessoas enfrentam a desnutrição, segundo dados da ONU.

Informações Portal UOL e Agence France-Presse

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