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Mundo

EUA anunciam cessar-fogo no Mar Negro, Rússia impõe condições

Mar Negro é uma das principais rotas comercias para os dois países
Evelyn Mendes -

Os governos de e Ucrânia aceitaram interromper os conflitos no Mar Negro, informou a Casa Branca. Porém, o governo de Vladimir Putin condicionou uma série de exigências.

Ambos os países passaram por negociações sobre outro cessar-fogo parcial com representantes americanos na Arábia Saudita.

Rússia e Ucrânia concordaram em evitar ataques contra navios no Mar Negro. Segundo o governo dos Estados Unidos, ambos os países concordaram em garantir a segurança da navegação, eliminar o uso da força e prevenir o uso de navios comerciais para fins militares no Mar Negro. Os países já tinham concordado em um cessar-fogo parcial de 30 dias, assinado em 18 de março.

A Rússia, alvo de inúmera sanções, pode contar com o apoio da Casa Branca para “restaurar o acesso” ao mercado “mundial de exportações e melhorar o acesso aos portos e aos sistemas de pagamento para estas transações”.

Os Estados Unidos atuou como intermediário na negociação. No que diz respeito à Ucrânia, a Casa Branca se comprometeu em “apoiar os esforços para a troca de prisioneiros, a libertação de civis e o retorno das crianças ucraniana deslocadas à força”. A comitiva americana reiterou que o presidente Donald Trump desejava imperativamente “acabar com os massacres de ambos os lados do conflito” como um “passo necessário para alcançar uma paz duradoura”.

A Rússia, maior exportador de trigo e fertilizante do mundo, disse que as sanções ocidentais contra empresas envolvidas na de alimentes e fertilizantes no transporte marítimo teriam que ser suspensas como pré-condição para um acordo de segurança marítima no Mar Negro. As demandas foram publicadas pelo Kremlin.

O governo russo defendeu o fim de sanções contra empresas produtoras de alimentos, bancos e organizações financeiras, além do fim das restrições sobre financiamentos comerciais com essas empresas. Muitos países, em sua maioria europeus, instalaram as sanções como retaliação à invasão russa da Ucrânia.

Além disso, a Rússia exige que os navios não tenham manutenção restrita em portos. O Kremlin pede ainda que seja retirada a restrição para o fornecimento de máquinas agrícolas e outros bens usados na produção de alimentos.

A maior usina nuclear do mundo, localizada em território ucraniano, foi capturada pelo exército russo em 2022. Desde então, a posição do governo Putin é de que a usina pertence à Rússia. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia também disse que a operação conjunta da usina não é admissível, pois seria impossível garantir adequadamente a segurança física e nuclear da estação.

Ambos os lados realizaram ataques com drones contra produtoras e armazenadoras de energia, como refinarias de petróleo, oleodutos e gasodutos e usinas nucleares.

Por que Mar Negro é ponto central de guerra?

Rússia e Ucrânia possuem litoral no Mar Negro. Ele tem uma grande importância estratégica e econômica para esses países.

A península da Crimeia, república autônoma da Ucrânia que foi anexada pela Rússia em 2014, fica localizada nesse mar. Desde o início da guerra, em 2022, os russos conquistaram e ocuparam outras grandes partes do sul da Ucrânia no Mar Negro.

Grande parte das exportações de grãos, fertilizantes e outros produtos russos é feita através dos portos do Mar Negro. Eles utilizam essas rotas para enviar mercadorias a países que não aderiram às sanções ocidentais contra o país.

As rotas comerciais do Mar Negro também são de grande importância para a Ucrânia. Em tempos de paz, mais de 50% das exportações totais ucranianas eram feitas por meio de seu maior porto no Mar Negro, em Odessa.

A região do Mar Negro também é considerada um dos maiores celeiros de cereais do mundo. Antes do início da guerra, a Rússia e a Ucrânia eram responsáveis, juntas, por 60% das exportações globais de óleo de girassol, quase 24% de trigo e cerca de 19% de cevada.

Em julho de 2022, os países fizeram um acordo para a navegação segura no Mar Negro, em uma negociação envolvendo a Turquia, a ONU e a Rússia. Entretanto, Moscou se retirou da iniciativa em julho de 2023 após acusar o Ocidente de não cumprir sua parte no acordo.

Novo acordo garante a segurança da navegação. Segundo o governo dos Estados Unidos, ambos os países concordaram em eliminar o uso da força e prevenir o uso de navios comerciais para fins militares no Mar Negro.

*Informações AFP, Reuters, Deutsche Welle e UOL

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