Os Estados Unidos firmaram acordos tarifários com parte dos países-alvo do “tarifaço” idealizado por Donald Trump desde a campanha eleitoral. Nas ofensivas mais recentes, Trump ameaça ampliar as cobranças sobre qualquer país que se alinhar às políticas do Brics, bloco econômico formado por economias emergentes.
Tarifaço
Os EUA tentam avançar nas negociações bilaterais. O presidente Donald Trump enviou cartas a diversos governos para indicar a taxa que deseja cobrar sobre as importações originadas nos países. O prazo final para o acordo terminaria na próxima quarta-feira, mas foi adiada para agosto.
Extensão das conversas não é descartada. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse que os países que não receberem as cartas têm mais três semanas para negociar uma parceria comercial. Luciana Mello, professora de relações internacionais do Centro Universitário IBMR, afirma que a imposição tarifária é incomum nas relações e se assemelha a uma “ameaça”.
“É possível que seja mais um movimento de chamar a atenção e colocar um texto que não sacramenta uma tarifa, mas traz um tom de ameaça e de exercício de poder dos Estados Unidos para levar a negociação de forma mais favorável”, afirmou Luciana Mello.
Taxas voltarão a ser aplicadas em agosto, após ser suspenso temporariamente, por 90 dias, o “tarifaço” anunciado em abril. A Casa Branca diz ter estimulado as negociações com dezenas de países envolvidos. Inicialmente, as taxas variavam entre 10% e 50%.
Somente dois acordos estão finalizados. Bessernt afirma que aguardava uma “chuva” de negociações nos últimos meses. No entanto, apenas os acordos comerciais com o Reino Unido e com o Vietnã foram oficialmente formalizados.
Prazo final para China foi prolongado. Depois de extensas reuniões em Londres, representantes de Washington e Pequim colocaram um ponto final nos temores de guerra comercial entre as maiores economias do mundo. Assim, um acordo final foi adiado com o aval da China para o fornecimento de terras raras com elementos químicos usados na fabricação de produtos tecnológicos.
Brics na mira
Trump ameaça punir alianças com o Brics. O presidente dos Estados Unidos defendeu a retaliação, com taxas e impostos adicionais, aos países que se associarem às políticas do bloco de economias emergentes formado por 11 países-membros e outras dez nações parceiras.
Já o Brasil tenta negociar as tarifas com os EUA. Representantes da Casa Branca teriam ignorado a proposta do Itamaraty para um acordo de cooperação entre os países. Até o momento, a cobrança adicional sobre os produtos nacionais é a mínima imposta, de 10%.
Ausência de acordo abre novos mercados para o Brasil. Mello avalia que a estratégia do governo Trump envolve a tentativa de “tirar vantagem” e, por isso, “vai apertar onde dói” nas relações comerciais. Ainda assim, ela entende que o cenário abre margem para novas parcerias. Os momentos de crise oferecem perspectivas que antes “eram vislumbradas”, acrescentou.
Tarifas sobre o aço permanecem vigentes. Ainda persistem as cobranças sobre as importações de aço e alumínio impostas desde o dia 12 de março. A ofensiva foi ampliada com o aumento da taxa de 25% para 50%. Trump classificou a elevação como uma “grande honra” e prevê que a tarifa será benéfica à indústria local.
Dados da Administração de Comércio Internacional dos EUA mostram que o Brasil foi o segundo maior exportador de aço para os EUA, com 3,7 milhões de toneladas métricas no período anual finalizado em fevereiro. O saldo é inferior apenas ao volume destinado pelo Canadá.
*Informações do portal UOL.
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