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Dólar fecha em queda em dia de refresco para divisas emergentes, mas sobe 0,61% na semana

Retaliação da China aos EUA influencia investidores a abandonaram a moeda norte-americana
Agência Estado -
Imagem ilustrativa (Agência Brasil)

Após trocas de sinal pela manhã, o dólar se firmou em queda ao longo da tarde com a melhora do apetite por divisas emergentes no exterior e encerrou a sessão desta sexta-feira, 11, na casa de R$ 5,87. Investidores continuam a abandonar a moeda americana e os Treasuries, diante da percepção de que a economia dos EUA será a grande prejudicada pela guerra comercial

Dados fracos do sentimento ao consumidor americano, calculados pela de Michigan, e a deflação do índice ao produtor nos EUA em março levaram a uma ampliação da queda do dólar em relação a pares fortes. O índice DXY furou o piso de 100,000 pontos, com mínima aos 99,014 pontos pela manhã. De outro lado, as expectativas de para 12 meses subiram para 6,7%, o maior nível desde 1981.

Investidores absorveram também o anúncio da de elevação das tarifas de importação para produtos dos EUA de 84% para 125%, em resposta a imposição de taxa de 145% pelos americanos. O governo chinês afirmou que se trata do último aumento de tarifas e que não vai mais reagir a eventuais sobretaxas por parte dos EUA.

À tarde, a secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que os EUA “receberam um soco” ao ser questionada sobre a retaliação chinesa. Segundo ela, Trump continua aberto e otimista com relação ao acordo com a China, embora não tenha comentado se os EUA estão em contato ou não com o país asiático para realizar negociações.

O real e seus pares latino-americanos, que apanharam nos últimos dias, nesta sexta conseguiram se recuperar da diminuição do estresse nos mercados globais ao longo da segunda etapa de negócios. A alta de mais de 2% dos preços do petróleo, que ainda recuam mais de dois dígitos no mês, ajudaram as moedas de exportadores de commodities.

Com máxima a R$ 5,9196 e mínima a R$ 5,8180, o dólar à vista terminou a sessão em queda de 0,47%, a R$ 5,8708. Apesar das oscilações agudas nos últimos dias, a divisa encerra a semana com ganhos de apenas 0,61% em relação ao real. Em abril, avança 2,90%. No ano, as perdas do dólar, que chegaram a superar 8%, agora estão em 5,01%.

O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, afirma que a sexta foi o dia de rescaldo após os estragos recentes, com o mercado tentando buscar uma acomodação, mesmo que temporária.

“Investidores se desfazem de moedas emergentes quando o risco aumenta. Quando as coisas se acalmam um pouco, voltam para aproveitar a rentabilidade mais alta”, afirma Galhardo. “Nos últimos dias, estrangeiros venderam bolsa e buscaram hedge em dólar. Hoje vemos uma melhora da bolsa”.

Dirigentes do Federal Reserve endossaram nesta sexta à leitura de que as medidas de Trump vão resultar em pressões inflacionárias e redução do crescimento, alertando que o manejo da política monetária se tornou mais difícil em tais circunstâncias. Ferramenta do CME Group mostra mais de 80% de chances de corte de juros pelo Fed em junho.

O head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, destaca que tradicionalmente investidores buscam abrigo no dólar e nos Treasuries em movimentos de aversão ao risco. Mas o que se vê no momento é um movimento inverso, com as pessoas abandonando a moeda americana em favor de outras divisas fortes, em especial o euro e o iene.

“Parece um movimento de diversificação, com venda de dólar e Treasuries para compra de outras moedas. O mercado está sentindo que o grande prejudicado no fim das contas vão ser os Estados Unidos”, afirma Weigt. “Trump parece que está numa encruzilhada e não sabe como voltar atrás sem afetar sua imagem. Parece não ter mais como elevar tarifa. O mercado pode ter uma melhora, mais ainda com muita volatilidade ainda”.

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