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Dólar fecha dia em alta de 0,25% com ruído político, mas cai 1,97% na semana

Moeda brasileira tem se apresentado estável após negativa de represálias do governo Lula as tarifas de Trump
Agência Estado -
Imagem ilustrativa

Após passar a maior parte do dia oscilando ao redor da estabilidade, o dólar à vista se firmou em leve alta nas últimas horas de negócios e encerrou a sessão desta sexta-feira, 8, cotado a R$ 5,4361, avanço de 0,25%, interrompendo uma sequência de cinco sessões de baixa. O dólar acumulou queda de 1,97% na semana e de 2,94% nos seis primeiros pregões da semana.

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O fôlego do dólar no mercado local à tarde se deu em meio à informação da Bloomberg de que o da República Jair Bolsonaro estaria cada vez menos propenso a apoiar o governador de , Tarcísio de Freitas, como candidato à Presidência nas eleições de 2026, segundo relatos de aliados do ex-presidente.

Operadores afirmam que, em ambiente de liquidez bem reduzida e diante do rali do real neste início de agosto, praticamente apagando as perdas de julho, a informação pode ter levado a ajustes finos e movimentos de realização de lucros.

A ascensão de Tarcísio ao Palácio do Planalto representaria para uma ala do mercado financeiro a possibilidade de uma guinada na política econômica, com controle maior das contas públicas, o que se traduziria em redução dos prêmios de risco embutidos nos ativos domésticos.

“A notícia de que Bolsonaro não deve apoiar Tarcísio pode ter mexido um pouco com o dólar em um dia de liquidez bem baixa. Como o real teve uma semana bastante positiva, com sinais de entrada de fluxo estrangeiro ontem, é possível que a questão política tenha servido hoje de motivo para um ajuste”, afirma o economista-chefe da corretora Monte Bravo, Luciano Costa.

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No exterior, o índice DXY – que mede a trajetória do dólar em relação a uma cesta se seis divisas fortes – recuava pouco mais de 0,15% no fim da tarde, na casa dos 98,263 pontos, após mínima aos 97,959 pontos. O Dollar Index caiu cerca de 0,80% na semana e mais de 1,70% neste início de agosto.

A semana também foi marcada por perda de força da moeda americana em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities, com destaque para peso colombiano, real, florim húngaro, zloty polonês e rand sul-africano.

Além disso, a moeda brasileira pode ter sido beneficiada pela redução das tensões comerciais após o governo Lula sinalizar que não pretende taxar produtos americanos nem quebrar patentes como forma de retaliação ao tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump.

Costa, da Monte Bravo, vê o enfraquecimento global do dólar como principal fator para apreciação do real ao longo da semana. Ele observa que o mercado incorporou aos preços dos ativos a perspectiva de início de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o norte-americano) em setembro, com provavelmente redução acumulada de 75 pontos-base neste ano, após o resultado fraco de geração de vagas de trabalho nos EUA em julho, revelado pelo relatório de emprego (payroll) divulgado no dia 29.

Outro ponto que levou à percepção de um Fed mais propenso a afrouxar a política monetária daqui para a frente foi a indicação por Trump na quinta-feira do presidente do Conselho de Assessores Econômicos (CEA, na sigla em inglês), Stephen Miram, para o cargo de diretor do Fed, em substituição a Adriana Kugler, que renunciou. Cresceu também a aposta de que Trump vai indicar Christopher Waller, atual diretor do BC americano, à presidência da instituição com a saída de Jerome Powell.

“Com a taxa de câmbio se aproximando de R$ 5,40, há dúvida agora é se o real tem fôlego para continuar a se apreciar. No curto prazo, isso vai depender muito se a tendência de enfraquecimento do dólar no mundo permanecer. Talvez a discussão de que o Fed pode, após o corte de setembro, acelerar o ritmo de cortes possa servir de gatilho para uma nova rodada de baixa do dólar”, afirma Costa.

Apesar da manutenção de um diferencial de juros que estimula as operações de carry trade, o economista da Monte Bravo vê duas questões domésticas que podem jogar contra o real nos próximos meses: a piora do déficit em transações correntes e a preocupação com as questão fiscal, que está muito atrelada às expectativas em torno do desfecho da corrida presidencial de 2026.

“Esses fatores têm ficado em segundo plano com o movimento global de perda de força do dólar, mas podem ressurgir nos próximos meses”, afirma Costa.

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