Israel é acusado de genocídio na Faixa de Gaza por Anistia Internacional

Organização apresentou relatório com 15 ataques feitos em sete meses, com 334 mortes

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Guerra na Faixa de Gaza. (Reprodução, Getty Images)

A organização de defesa dos direitos humanos, Anistia Internacional (AI), acusou Israel de praticar genocídio contra o povo palestino desde o início do confronto na Faixa de Gaza, em relatório divulgado nesta quarta-feira (4). Com confronto que dura há 14 meses, o arquivo deveria servir para “chamar a atenção da comunidade internacional”, segundo a AI.

De acordo com informações do g1, a Anistia Internacional declara ter chegado a essa conclusão a partir de “declarações de caráter genocida e desumanizantes do governo israelense”, assim como por meio de imagens de satélite que documentam a destruição do território palestino e em investigações no terreno com os habitantes de Gaza, entre 7 de outubro de 2023 e julho de 2024.

“Nossas conclusões arrasadoras devem servir para chamar a atenção da comunidade internacional: isto é um genocídio. Isto deve acabar agora”, atentou Agnès Callamard, secretária-geral da Anistia, em comunicado.

No relatório divulgado pela instituição, que possui 300 páginas, são mencionados 15 ataques aéreos realizados entre 7 de outubro de 2023 e 20 de abril de 2024, que deixaram 334 vítimas civis, entre elas 141 criança. Nesses ataques, não se encontrou nenhuma prova de que estivessem dirigidos contra alvos militares, de acordo com a AI.

Ainda conforme o g1, o país israelense rejeitou as acusações de genocídio, classificando-as como uma “difamação de sangue” antissemita.

“A deplorável e fanática organização Anistia Internacional produziu mais uma vez um relatório fabricado que é totalmente falso e baseado em mentiras”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores de Israel em declaração.

O país contestou as alegações de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça e rejeitou as acusações do Tribunal Penal Internacional (TPI) de que o primeiro-ministro e seu ex-ministro de defesa teriam cometido crimes de guerra em Gaza.

Texto: Gustavo Henn

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