Pular para o conteúdo
Mundo

Israel busca resposta contra o Irã que não afaste novamente seus aliados

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, general Herzi Halevi, deu ontem a indicação mais clara até agora de que haverá um contra-ataque. Ele não deixou claro, no entanto, qual a forma essa resposta assumirá
Agência Estado -
Israel contabiliza destruições desde o ano passado (Foto: Wikimedia)

O gabinete de guerra de Israel se reuniu nesta segunda-feira, 15, pela quarta vez em dois dias para discutir como dar uma resposta ao ataque do Irã sem afastar aliados internacionais. Pressionado a agir com contenção, Israel tenta aproveitar uma oportunidade de construir uma aliança internacional estratégica contra Teerã. Desde que foi atacado, o país tem recebido amplo apoio de EUA, Europa e árabes, como a Jordânia, em um contraste à onda de críticas por sua conduta da guerra na Faixa de Gaza que antecedeu a ofensiva iraniana.

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, general Herzi Halevi, deu ontem a indicação mais clara até agora de que haverá um contra-ataque. Ele não deixou claro, no entanto, qual a forma essa resposta assumirá.

Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, conclamou a comunidade internacional a permanecer unida diante da do Irã que, segundo ele, ameaça a paz mundial.

O ataque no sábado, 13, foi, segundo Teerã, uma resposta ao assassinato por Israel de um general iraniano sênior em um prédio diplomático iraniano em Damasco. Israel não confirmou nem negou o envolvimento.

“O ponto é responder de forma inteligente, para não prejudicar a oportunidade de cooperação regional e internacional que criamos”, disse Michael Oren, ex-embaixador israelense nos EUA.

Israel enfrenta um conjunto cada vez mais delicado de cálculos políticos. Já está lutando em três frentes: em Gaza contra o Hamas, em sua fronteira norte com o Hezbollah, bem como tentando apaziguar a agitação na Cisjordânia. Agora, está sob pressão para restaurar a dissuasão com o Irã.

Internamente, a população demonstra sinais de cansaço e repelem a ideia de ver seu país envolvido em mais um conflito. Grande parte da vida israelense voltou ao seu ritmo habitual ontem. “Tenho esperança de que essa coisa com o Irã tenha acabado, por enquanto, porque estou farto e cansado de guerra”, disse o israelense Lev Mizrach, em um calçadão de Tel-Aviv, ao New York Times.

Os tomadores de decisão devem equilibrar a necessidade de projetar força com o desejo de manter unida uma parceria estratégica tênue contra o Irã que os ajudou a bloquear o ataque no sábado, uma aliança que envolveu até países árabes. O presidente americano, Joe Biden, instou Israel a usar cautela e não retaliar.

O ataque de sábado demonstrou a importância da relação de Israel com os EUA. Analistas disseram que isso provavelmente será uma consideração-chave à medida que Israel avalia seu próximo movimento e busca capitalizar a demonstração de apoio internacional. Antes do ataque iraniano, Israel vinha enfrentando uma onda de críticas pelo crescente número de mortes de civis em Gaza.

Militarmente, segundo analistas, as decisões de Israel em relação ao Irã e a Gaza podem não estar ligadas, mas elas estão conectadas politicamente.

A base de direita do premiê já está insatisfeita que uma operação terrestre em Rafah não tenha ocorrido. Agora, seus integrantes querem uma forte retaliação contra o Irã também.

Opções

Analistas de segurança israelenses disseram que Israel tem uma variedade de opções que consideraria como retaliação em vez de grande escalada, sem sobrecarregar suas forças.

As opções de Israel incluem ciberataques e ataques direcionados a locais estatais-chave, como infraestrutura de iraniana. Israel no passado visou pessoal e infraestrutura iranianos relacionados ao programa nuclear sem assumir responsabilidade e poderia fazer isso novamente, mas de forma mais aberta. Além de ataques diretos ao Irã, analistas disseram que Israel poderia responder indiretamente atingindo aliados na região.

Qualquer ataque a grandes locais nucleares iranianos seria improvável, já que eles estão profundamente subterrâneos e fazer isso exigiria ajuda de . Os EUA já disseram que não vão participar de nenhuma represália.

Se decidir retaliar, Israel provavelmente evitará locais civis e econômicos iranianos, segundo Sima Shine, analista do Instituto para Estudos de Segurança Nacional. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
Bolsonaro

‘Minha total solidariedade’: Tereza Cristina lamenta medidas cautelares a Bolsonaro

Idosa é socorrida em estado gravíssimo após ser atropelada na avenida Duque de Caxias

Executado com 30 tiros no Paraguai estava foragido do Brasil

Polícia encontra fragmentos de ossos no endereço do ex-namorado da estudante desaparecida em SP

Notícias mais lidas agora

moraes

Governo Trump revoga vistos de Moraes, ‘aliados’ dele no STF e familiares

nelsinho governo lula

VÍDEO: ‘Lei de Reciprocidade só em último caso’, diz representante do Senado em negociação com Trump

JBS poderá pagar multa sobre valor milionário se recusar conciliação com moradores

Receita Federal apreende 30 toneladas de ‘muamba’ avaliada em R$ 5 milhões na BR-262

Últimas Notícias

Polícia

‘Tentei parar, mas não deu tempo’, diz motorista que atropelou idosa na Avenida Duque de Caxias

O condutor do veículo que atropelou a mulher nesta sexta-feira é morador da cidade de Anastácio

Política

Governo Trump revoga vistos de Moraes, ‘aliados’ dele no STF e familiares

O anúncio foi feito na noite desta sexta-feira pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio

Trânsito

VÍDEO: Idosa foi atropelada ao tentar atravessar a avenida Duque de Caxias

Devido à gravidade dos ferimentos, a idosa estava inconsciente e apresentava sangramento pela boca

Polícia

Nove toneladas de maconha que saíram do MS são apreendidas no Paraná

O caminhão foi carregado de droga em Ponta Porã e tinha como destino a cidade de Chapecó, em Santa Catarina