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Reunião entre Putin e líderes africanos em ‘missão de paz’ termina sem progresso

Sete líderes africanos visitaram a Ucrânia na sexta para tentar ajudar a acabar com a guerra
Agência Estado -
rússia otan putin
Vladimir Putin ( Divulgação/ Kremlin)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reuniu-se neste sábado, 17, com líderes de países africanos que viajaram à Rússia em uma autointitulada “missão de paz” um dia depois de terem ido à Ucrânia. A reunião terminou sem nenhum progresso visível.

Os sete líderes africanos – os presidentes de Comores, Senegal, África do Sul e Zâmbia, bem como o primeiro-ministro do Egito e os enviados da República do Congo e de Uganda – visitaram a Ucrânia na sexta-feira para tentar ajudar a acabar com a guerra.

Os líderes africanos então viajaram para São Petersburgo no sábado para se encontrar com Putin, que estava participando do principal fórum econômico internacional da Rússia. Os detalhes sobre as propostas da delegação eram escassos.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, disse após a reunião de três horas que o plano de paz dos africanos consistia em dez elementos, mas “não foi formulado no papel”.

“A iniciativa de paz proposta pelos países africanos é muito difícil de implementar, difícil de comparar posições”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Mas “o presidente Putin demonstrou interesse em considerá-la”.

Segundo Peskov, Putin falou aos líderes sobre a posição da Rússia. “Nem todas as disposições podem ser correlacionadas com os principais elementos de nossa posição, mas isso não significa que não precisamos continuar trabalhando”, complementou Peskov.

“A principal conclusão, na minha opinião, da conversa de hoje é que os nossos parceiros da União Africana demonstraram compreender as verdadeiras causas da crise que foi criada pelo Ocidente e demonstraram compreender que é necessário sair dessa situação com base na abordagem dessas causas subjacentes”, disse Lavrov.

Falando no fórum econômico na sexta-feira, Putin declarou que as primeiras armas nucleares táticas russas foram implantadas em Belarus, descrevendo o movimento como um impedimento contra os esforços ocidentais para derrotar a Rússia na Ucrânia. Ele disse anteriormente que a implantação começaria em julho.

A Rússia diz que foi forçada a enviar tropas para a Ucrânia porque foi ameaçada pelo desejo da Ucrânia de ingressar na Otan e pelo apoio do país dos Estados Unidos e da Europa Ocidental.

Questionado se poderia ordenar o uso de armas nucleares no campo de batalha na Ucrânia, Putin disse que não havia necessidade disso, mas observou que Moscou poderia usar seus arsenais nucleares em caso de “ameaça ao Estado russo”. “Nesse caso, certamente usaremos todos os meios de que o Estado russo dispõe. Não deve haver dúvidas sobre isso”, disse.

A missão à Ucrânia, a primeira do gênero por líderes africanos, vem na sequência de outras iniciativas de paz – como uma da China – e tem particular importância para a África, que depende de entregas de alimentos e de fertilizantes da Rússia e da Ucrânia.

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