Hamas diz que Israel quebrou acordo e adia entrega de reféns
Neste sábado, integrantes do grupo afirmaram que Israel não cumpriu parte do acordo
Mirian Machado –
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O grupo extremista Hamas adiou a libertação mais um grupo de reféns israelenses feitos no dia 7 de outubro. Sairiam das mãos dos terroristas, no segundo dia de trégua com Israel, 14 mulheres e crianças. Ainda não há informações dos supostos 42 palestinos em prisões israelenses que também seriam soltos. Mas o Serviço Prisional do país confirmou estar preparando a saída do grupo.
Apesar da acusação do Hamas em relação a Israel, o grupo disse estar pronto para receber novas propostas, conforme relato pelo portal Metrópoles.
Taher al-Nunu, conselheiro do chefe do gabinete político do Hamas, afirmou à TV Al Jazeera, que os israelenses não cumpriram tudo o que foi combinado em relação à libertação dos presos e à entrada de caminhões com ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza.
Além disso, o representante do Hamas acusou militares israelenses de atirarem em palestinos que voltavam para casa em Gaza, o que teria levado duas pessoas à morte.
“Estamos abertos a propostas de mediadores e estamos prontos para examinar propostas de novos negócios”, prometeu Al-Nunu. Mas deixou um aviso: “Se Israel não se comprometer a fornecer ajuda ao norte de Gaza, isso ameaça todo o acordo”.
Uma delegação do Catar chegou a Israel para garantir a continuação do acordo de reféns, durante a trégua. “Parte da equipe da missão do Catar chegou para coordenar as partes e garantir que o acordo continue a progredir sem problemas e para discutir mais detalhes sobre o acordo em curso”, informou um dos diplomatas envolvidos.
Uma boa notícia veio do Egito e tem relação à extensão do período de trégua. Chefe do Serviço de Informação do Estado egípcio, Diaa Rashwan afirmou que há conversas sobre o assunto, o que “significa a libertação de mais detidos em Gaza e prisioneiros palestinos em prisões israelenses”.
A guerra começou no dia 7 de outubro, quando o Hamas promoveu uma ação terrorista de invasão a Israel. Mais de 1.200 pessoas, entre civis e militares, acabaram mortas. A partir daí, o governo israelense promoveu uma ofensiva aérea e depois terrestre na Faixa de Gaza.
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