Guatemala: candidata derrotada denuncia suposta fraude eleitoral
Na votação do último domingo o seu adversário, o progressista Bernardo Arévalo, venceu com folga a disputa considerada crucial para democracia.
Agência Estado –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O partido da candidata Sandra Torres, derrotada no segundo turno das eleições presidenciais na Guatemala, denunciou nesta sexta-feira, 25, uma suposta fraude no pleito. Na votação do último domingo o seu adversário, o progressista Bernardo Arévalo, venceu com folga a disputa considerada crucial para democracia.
“Depois das análises realizadas, foi possível observar que existem muitas incongruências, contradições e, sobretudo, variação de dados, que evidenciam irregularidades”, alegou a Unidade Nacional da Esperança (UNE), partido de Sandra.
O advogado da UNE, Carlos Aquino, apresentou uma denúncia no Ministério Público contra os cinco juízes do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) pelos crimes de não cumprimento de deveres e abuso de autoridade. A alegação é de que os juízes teriam ocasionado a “fraude eleitoral que mudou os verdadeiros resultados da votação, violando a vontade popular”.
Arévalo, que ganhou notoriedade com um discurso contra a corrupção, é visto com desconfiança pela elite política e empresarial que comanda o país. O inesperado favorito da centro-esquerda teve 58% dos votos, contra 37% de Sandra em eleição marcada por brigas na Justiça.
No meio da campanha, uma controvertida medida do Ministério Público suspendeu o Semilla, partido de Bernardo Arévalo. Posteriormente, a decisão foi revertida pela Corte Constitucional, órgão máximo da Justiça no país, mas a crise continua.
O MP, que teve a liderança sancionada pelos Estados Unidos, tem alegado uma suposta falsificação de assinaturas na fundação do Semilla, em 2018. Nesta sexta, pediu ao Congresso a suspensão do partido, que teve a bancada ampliada de cinco para 23 deputados nesta eleição.
Segurança do presidente eleito
Em meio à tensão, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), com sede em Washington, pediu ao governo da Guatemala que adote as medidas necessárias para proteger o presidente eleito, Bernardo Arévalo, e a vice, Karin Herrera. A organização relatou que os políticos foram alvos de “monitoramento, campanhas de difamação e ameaças de morte”.
A resolução de quinta-feira, 24, descreve dois supostos planos para matar Arévalo. Enquanto um deles teria a “participação de agentes do Estado e particulares”, o outro estaria ligado a organizações criminosas, detalha a CDIH.
O governo, por sua vez, afirmou que os alegados planos foram descobertos em 20 de agosto (o dia da eleição) e que agiu para proteger os políticos. “[A descoberta] permitiu de imediato a necessária coordenação com a polícia no sentido de prestar maiores medidas de segurança”, diz a nota do Estado da Guatemala
Notícias mais lidas agora
- Alerta de afogamentos continua: 10 já morreram em MS nas primeiras duas semanas de 2025
- Entre feriados e pontos facultativos, 21 datas marcam calendário comemorativo de Campo Grande em 2025
- Moradora de Bataguassu é a primeira vítima de Covid-19 no Estado em 2025
- Família de homem com deficiência mental morto por americano em MS pede R$ 3,2 milhões de indenização
Últimas Notícias
VÍDEO: Trio usa carro para arrombar loja de eletrônicos na fronteira
Danificam a porta principal do comércio
Produção de motocicletas cresceu 11,1% em 2024, aponta Abraciclo
O volume representa melhor desempenho para o segmento em 14 anos
Idoso tem dedo mutilado ao ser atacado por mulher com enxada na Vila Anahy
Caso aconteceu na Vila Anahy por volta das 18h desta terça
Produção da safra brasileira caiu 7,2% em 2024, estima IBGE
O resultado esperado de 2024 fica 22,7 milhões de toneladas abaixo da colheita de 2023
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.