Eleição na Argentina: tudo que você precisa saber para entender a corrida à Casa Rosada
A Argentina elege neste domingo, 22, o novo presidente, que assumirá um país em crise, onde a inflação galopante chega a quase 140% no ano, o dólar segue em disparada e a pobreza atinge 40% da população. Diante da crise e da frustração dos argentinos, o libertário Javier Milei despontou como o favorito para assumir […]
Agência Estado –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A Argentina elege neste domingo, 22, o novo presidente, que assumirá um país em crise, onde a inflação galopante chega a quase 140% no ano, o dólar segue em disparada e a pobreza atinge 40% da população. Diante da crise e da frustração dos argentinos, o libertário Javier Milei despontou como o favorito para assumir a Casa Rosada.
Milei ascendeu na política argentina nos últimos anos com um discurso contra o sistema e propostas radicais como dolarizar a economia e “dinamitar o Banco Central”. Com isso, ele chamou a atenção de eleitores frustrados com os partidos tradicionais e foi crescendo como uma terceira força política. Até que nas PASO, as primárias argentinas, surpreendeu e saiu em primeiro lugar, com 30% dos votos, bem acima do que projetavam todas as pesquisas.
O favoritismo do novo outsider na política, no entanto, esbarra em ideias mais indigestas para o eleitorado. O libertário já chegou a defender a venda de órgãos, negou o número de vítimas da ditadura argentina e se viu obrigado a recuar na ideia da liberação das armas, depois de muita polêmica.
Ainda nas primárias, consideradas um termômetro, a coalizão Juntos pela Mudança, de oposição, ficou em segundo lugar com 28% dos votos e confirmou o nome da ex-ministra Patricia Bullrich como representante da direita tradicional da disputa. Já os peronistas, que hoje governam o país, terminaram logo atrás com 27% dos votos para a coalizão Juntos pela Mudança, encabeçada pelo atual ministro da economia, Sergio Massa.
O representante do peronismo tem a difícil missão de ser o candidato de continuidade do governo mais impopular em duas décadas. As crises internas do peronismo e a inflação descontrolada abalaram o governo de Alberto Fernández, que sequer tentou a reeleição, e praticamente desapareceu do cenário político durante a campanha.
Ele assumiu um “superministério” da Economia no ano passado, para socorrer o governo no meio de uma crise interna e alega que as medidas adotadas até aqui são parte de uma transição. Em linhas gerais, ele defender que a Argentina precisa de uma política de incentivo a exportações combinada com a redução dos gastos para enfim sair do endividamento e superar a crise.
A ideia agrada os mais moderados, que temem o radicalismo de Javier Milei e, depois de sair atrás nas primárias, as pesquisas agora indicam que Sergio Massa deve chegar ao segundo turno.
Patricia Bullrich, a ex-ministra de Mauricio Macri, apostou no discurso “linha dura” na segurança – preocupação cada vez maior entre os eleitores argentinos – mas foi cobrada por mais clareza na pauta econômica. Apesar do bom desempenho no último debate, ela acabou sendo isolada pela polarização entre o peronista e o libertário na reta final da campanha.
Em um eventual segundo turno, as pesquisas parecem consolidar a vantagem do libertário, mas o cenário ainda é muito incerto. O número de indecisos, brancos e nulos para novembro ainda é muito alto e a participação tende a ser decisiva nas eleições argentinas. Se confirmar o seu favoritismo, Milei será o primeiro presidente libertário da Argentina. Uma guinada no país que foi governado por peronistas por 16 dos últimos 20 anos.
Notícias mais lidas agora
- ‘Tenho como provar’: nora vem a público e escreve carta aberta para sogra excluída de casamento em MS
- Adolescente é encontrada em estado de choque após ser agredida com socos e mordidas e pais são presos
- Homem incendeia casa com duas crianças dentro por disputa de terreno em MS: ‘Vou matar vocês’
- Mais água? Inmet renova alerta para chuvas de 100 milímetros em Mato Grosso do Sul
Últimas Notícias
Militar aposentado é preso por estupro de vulnerável no Coronel Antonino
A prisão do ex-militar ocorreu dentro da Operação Hagnos da Polícia Civil
Só ‘love’? Porco-espinho é capturado dando rolê em motel de Corumbá
Do motel, porco-espinho acabou mesmo foi no mato
Sexta-feira tem seis pontos de interdições de vias para realização de serviços e eventos
Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou as rotas que serão interditadas e solicitou respeito à sinalização provisória
Gilmar Mendes prorroga comissão que discute Lei do Marco Temporal até final de fevereiro
A última audiência estava marcada para o final de dezembro, mas o calendário ainda não previa sessões para a votação da proposta final
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.