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Conflito em Gaza: tensão na Cisjordânia abre outra frente na guerra

Ministério da Saúde palestino na Cisjordânia diz que 90 palestinos foram mortos no território desde o dia 7
Agência Estado -
Área na Faixa de Gaza devastada após bombardeios. (Reprodução, Facebook)

A violência tem aumentado no território palestino da Cisjordânia, que ameaça abrir outra frente na guerra e pressiona a Autoridade . Reconhecida internacionalmente, a Autoridade administra partes da Cisjordânia, mas é impopular entre os palestinos principalmente por cooperar com Israel em assuntos de segurança.

Nas duas últimas semanas, os militares de Israel perseguem terroristas após o ataque perpetrado pelo Hamas a partir de Gaza. Desde então, 90 palestinos foram mortos no território ocupado por Israel, principalmente em confrontos com tropas israelenses.

A contagem inclui cinco palestinos mortos em incidentes separados neste domingo (22), dois deles morreram em um ataque aéreo a uma mesquita no campo de refugiados de Jenin, que Israel disse estar sendo usado por terroristas. Israel realizou um ataque aéreo durante uma batalha em outro campo de refugiados na Cisjordânia na semana passada, no qual 13 palestinos, incluindo 5 menores, e um membro da Polícia de paramilitar de Israel foram mortos.

Israel utiliza raramente o poder aéreo na Cisjordânia ocupada, apesar de ter bombardeado Gaza – controlada pelo Hamas – desde que o grupo terrorista invadiu a fronteira para conduzir os ataques em solo israelense, no dia 7.

Mortos na guerra

Mais de 1,4 mil pessoas morreram em Israel desde o início da guerra, a maioria civis mortos no ataque inicial do Hamas. O Ministério da Saúde administrado pelo Hamas em Gaza afirma que mais de 4,6 mil palestinos foram mortos.

O Ministério da Saúde palestino na Cisjordânia diz que 90 palestinos foram mortos no território desde o dia 7, um salto dramático em comparação aos 197 que morreram entre o início do ano até o dia 7, segundo uma contagem da agência de Associated Press.

Além dos ataques, palestinos foram mortos em violentos protestos anti-Israel e, em alguns casos, em ataques de colonos judeus.

Israel reprimiu o território imediatamente após o ataque do Hamas, fechando passagens e postos de controle entre cidades palestinas. Israel afirma que suas forças detiveram mais de 700 suspeitos na Cisjordânia, incluindo 480 membros do Hamas, desde o início das hostilidades.

A retomada dos ataques aéreos por parte de Israel – que numa operação em julho, em Jenin, atingiu um nível de intensidade nunca visto desde a revolta palestina há duas décadas – sugere uma mudança nas táticas.

Os militares israelenses descreveram a Mesquita Al-Ansar em Jenin como um complexo pertencente ao grupo terrorista Hamas e à Jihad Islâmica, grupo palestino menor e mais radical. Eles dizem que os terroristas realizaram vários ataques nos últimos meses e planejavam outro atentado.

A intensificação da violência dá sequência a mais de um ano de escalada de ataques e detenções na Cisjordânia e de ações mortíferas de palestinos contra israelenses.

Israel capturou a Cisjordânia, juntamente com a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, na guerra de 1967. Os palestinos querem todos os três territórios para um futuro Estado. Mais de 500 mil israelenses vivem em assentamentos em toda a Cisjordânia que a maior parte da comunidade internacional considera ilegais, enquanto os mais de 2,5 milhões de palestinos do território vivem sob o domínio militar de Israel.

Os palestinos consideram os assentamentos o maior obstáculo à resolução do conflito com Israel. As últimas negociações de paz sérias e substantivas fracassaram há cerca de uma década.

A violência dos colonos contra os palestinos também se intensificou desde o ataque do Hamas. Pelo menos cinco palestinos foram mortos por colonos, segundo as autoridades palestinas, e grupos de direitos humanos dizem que eles incendiaram carros e atacaram pequenas comunidades beduínas, forçando-os a se retirar para outras áreas.

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