Moradores da pequena cidade de Pilar, no departamento de Ñeembucú, no Paraguai, além de receber multas da prefeitura, estão sendo chamados de ‘porcos’ por deixarem as residências e terrenos sujos.

A medida foi tomada diante do avanço de casos de dengue e também de chikungunya que prolifera na localidade com menos de 30 mil habitantes e outras cidades paraguaias, inclusive na em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

A medida adotada pela prefeitura, tem a aprovação da Câmara de Vereadores e faz parte da campanha “Não seja porco, limpe o seu quintal”. No caso de Pilar, além dos proprietários serem multados, a residência recebe uma placa que deixa explícito que a infração aconteceu porque o dono do imóvel é porco.

A portaria estabelece que todos os proprietários de borracharias, oficinas, armazéns, recicladores, residências particulares e quintais vagos devem remover objetos que possam servir de criadouro para o mosquito transmissor da dengue.

Fronteira em alerta

Com o crescimento de caso de dengue e chikungunya no Paraguaia as cidades sul-mato-grossenses que estão localizadas na fronteira, como Pedro Juan Caballero, tem alertado os moradores para adotarem medidas preventivas.

Um levantamento feito pelo Governo do Paraguai mostra que somente nos dois primeiros meses do ano, o número de casos confirmados já passa de 20 mil.

“Precisamos ficar realmente em alerta. No ano passado, durante o ano inteiro, Ponta Porã teve só quatro casos confirmados. Em apenas dois meses os números já dobraram”, explica a coordenadora de vigilância epidemiológica da cidade, Renata Granci Carvalho.

Com a explosão de casos no Paraguai, secretários de saúde de 13 cidades que estão localizadas na região de fronteira defendem a adoção de medidas para conter o avanço da doença do lado brasileiro.  A informação é do Cosems (Conselho Municipal das Secretara de Saúde).

Segundo José Lourenço Braga Liria Mari, presidente do Cosems e secretário de Saúde de Cassilânndia, a entidade está acompanhando de perto a situação   tem prestado apoio aos municípios diante do avanço da dengue e chikungunya no Paraguai.