A denúncia contra o ex-presidente do Paraguai e comandante do Partido Colorado, Horácio Cartes, continua com grande repercussão no país vizinho. Ele foi acusado na última sexta-feira (6) como um dos mandantes da morte do promotor Marcelo Pecci, durante depoimento de um dos envolvidos no crime.

Além de Cartes, o ex-militar colombiano Francisco Luis Correa Galeano também apontou Miguel Insfrán, vulgo Tío Rico, de planejarem o crime do promotor antidrogas do Paraguai que estava em lua de mel em Cartagena ao ser novamente interrogado pela Justiça da Colômbia.

“O assassinato de Pecci ocorreu porque ele deteve Insfrán Galeano, Tío Rico, e devido ao aborrecimento causado ao presidente do Paraguai, Horacio Cartes”, ao relatar que o promotor teria prendido parentes do criminoso, que já está preso e também do político paraguaio.

Ainda segundo o ex-militar colombiano, que é considerado peça chave nas investigações, a ordem da execução de Marcelo Pecci partiu do Paraguai, com base em informações de ele estaria com a esposa em Cartagena.

Pedido de investigações

Nesse domingo, a senadora da oposição Kattya González disse que o Ministério terá que dar uma resposta para a sociedade paraguaia sobre as denúncias contra Rio Rico e principalmente contra o ex-presidente do Paraguai, Horácio Cartes.

“O Ministério Público tem a obrigação de se manifestar, de dar sinais claros. Não podemos mais continuar sustentando que, sob a desculpa de que isso é na Colômbia, nada se faz aqui no Paraguai”, questionou a senadora em entrevista ao ABC Color.

Em nota publicada em seu perfil no Instagram, ainda na sexta-feira (6) logo após a repercussão da acusação, Horácio Cartes negou qualquer envolvimento no crime.  

“Imensamente indignado com uma acusação infundada, claramente montada com o desejo de me prejudicar. Sempre tive apreço e admiração pelo promotor Marcelo Pecci e me dói ver sua memória e sua família por essa terrível mentira. A justiça provará a verdade”, publicou o ex-presidente.