A sobrinha de George Floyd, homem negro morto pela polícia em 2020, foi baleada enquanto dormia em sua casa. O caso aconteceu na noite do último sábado (1), mas só foi divulgado pela imprensa norte-americana nesta semana. As informações são da polícia de Houston, no Texas.

Segundo o relato, Arianna Delanede de 4 anos, estava em casa, quando gritou avisando que havia sido atingida. Segundo Derrick Delane, pai da menina, um homem começou a realizar disparos contra a casa por volta de 3h da manhã e em seguida, entrou no local.

“Fiquei chocado ao ver o sangue e perceber que a minha filha tinha sido realmente atingida. Ela não sabia o que estava acontecendo, ela estava dormindo”, contou. Arianna foi atingida no tórax – a bala ainda perfurou o seu pulmão e fígado e quebrou três costelas.

Derrick disse em entrevista que tem motivos para acreditar que a casa da família foi propositalmente alvejada e criticou o fato da polícia ter chegado ao local somente após quatro horas do acidente. O chefe do departamento de polícia de Houston, Troy Finner, se desculpou pela demora e disse que a investigação continua.

Arianna Delane, passou por uma cirurgia de emergência, apesar de seu caso ser estável, ela continua internada. Ainda não há informações sobre suspeitos e motivação do crime.

Relembre o caso de George Floyd

George Floyd foi um afro-americano assassinado em 25 de maio de 2020, depois que Derek Chauvin, então policial de Minneapolis, ajoelhou-se no pescoço dele durante oito minutos e quarenta e seis segundos, enquanto estava deitado de bruços na estrada.

Os policiais Thomas Lane e J. Alexander Kueng também ajudaram a conter Floyd, enquanto o policial Tou Thao estava perto e observava.O assassinato ocorreu durante a prisão de Floyd em Powderhorn, Minneapolis, Minnesota, e foi gravado em vídeo nos celulares por vários espectadores.

As gravações em vídeo que mostram Floyd dizendo repetidamente: “I Can't Breathe!” (“Não consigo respirar”), foram amplamente divulgadas nas plataformas de e transmitidas pelos meios de comunicação do mundo inteiro. Os quatro policiais envolvidos foram demitidos no dia seguinte.

(Com supervisão de Guilherme Cavalcante)