Pular para o conteúdo
Mundo

Rússia veta Resolução do Conselho de Segurança da ONU

Foram 11 votos favoráveis, um voto contrário e três abstenções
Arquivo -
Reuters
Reuters

A Rússia vetou a Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) contrária à invasão da Ucrânia. Tropas russas avançaram pelo país vizinho após uma ordem dada pelo presidente Vladmir Putin, na noite de quarta-feira (24), já madrugada na Rússia. Com o veto, a resolução foi rejeitada, em um resultado já esperado. Foram 11 votos favoráveis, um voto contrário e três abstenções.

Para ser aprovada, uma Resolução não pode ser vetada por nenhum dos cinco membros permanentes do conselho. A Rússia, pivô da crise, é um desses países, exercendo seu poder de veto, como já se esperava. A China, um dos poucos países a não se posicionar contra as ações de Putin, foi um dos três países que se abstiveram. Os outros foram Índia e Emirados Árabes Unidos.

Brasil vota contra a Rússia

Representantes de alguns países falaram antes da votação. O embaixador do Brasil na ONU, Ronaldo Costa Filho, fez uma fala firme contra a invasão da  Ucrânia, posicionando o país de maneira condenatória à agressão sofrida pelos ucranianos em seu próprio território. Na votação, foi a favor da Resolução.

“Uma linha foi ultrapassada e esse conselho não pode ficar silencioso. [Precisamos] buscar um espaço para o diálogo”, disse Costa Filho. “O estratégico equilíbrio na Europa não dá à Rússia o direito de ameaçar a soberania da Ucrânia ou de qualquer outro país”, acrescentou. O representante do Brasil no conselho afirmou que as ações da Rússia abalam a fé nas leis internacionais.

Linda Thomas-Greenfield, representante dos no Conselho de Segurança da ONU, defendeu a aprovação do documento, e condenou a invasão de um país pelo outro “apenas porque pode”. “Um país está invadindo o outro. Não há uma situação intermediária. Países responsáveis não invadem seus vizinhos apenas porque podem fazer isso. Vote sim se acha que a Rússia deve pagar por suas ações”.

Após o resultado, Thomas-Greenfield pediu novamente a palavra e mandou um recado para a Rússia, e seu representante no conselho. “Rússia, você pode vetar essa resolução, mas não pode calar as nossas vozes, não pode vetar o povo ucraniano e não pode vetar sua culpa nisso”. 

A representante da Noruega, Mona Juul, opinou que a Rússia não deveria ter votado, e sim decidido pela abstenção, em razão do contexto do documento.

Ameaça à Finlândia

As tropas da Rússia avançam rapidamente no território ucraniano, rumo à capital, Kiev. A expectativa é que a capital seja tomada ainda na madrugada deste sábado (25). Enquanto isso, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia usou o para ameaçar a Finlândia, com quem faz fronteira mais ao norte.

Pela rede social, lembrou o país vizinho de seu compromisso de não alinhamento militar e fez ameaças caso decida integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Consideramos o compromisso do governo finlandês com uma política de não alinhamento militar como um fator importante para garantir a segurança e a estabilidade no norte da Europa. A adesão da Finlândia à OTAN teria sérias repercussões militares e políticas”.

Otan

A Otan é uma aliança militar da qual 30 países são signatários e se comprometem a defender outro país-membro caso este seja atacado. Ou seja, um ataque da Rússia a um país-membro, como a Polônia, colocaria outros 29 países na guerra. Entre eles, Estados Unidos, Reino Unido, e França. A Ucrânia não é um país-membro e, por isso, tem lutado sozinha contra um exército russo muito superior numericamente. Existem, no entanto, tropas da Otan posicionadas em países vizinhos à Ucrânia, como Lituânia, Polônia e Romênia.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Flamengo empata com o Ceará e mantém a liderança do Brasileiro de olho na Copa do Brasil

VÍDEO: Turistas flagram onça atacando jacaré em parque do Pantanal

Lula descarta desafiar EUA, mas diz que Brasil não é republiqueta

Motorista bate em carro estacionado e é preso tentando fugir a pé em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

VÍDEO: Manifestantes saem às ruas de MS por anistia e contra o STF

21º feminicídio em MS: Marido mata esposa na frente dos 5 filhos em Corumbá

MP quer firmar até setembro acordo com Patrola por dano ambiental de R$ 991 mil na MS-228

Datafolha: 61% se recusam a votar em candidato com promessa de anistiar Bolsonaro por 8/1

Últimas Notícias

Mundo

VÍDEO: Vulcão entra em erupção na Rússia após 450 anos

Evento ocorre após forte terremoto na semana passada

Esportes

Com reservas, Palmeiras empata com o Vitória e fica 4 pontos atrás de Flamengo e Cruzeiro

Empate coloca mais pressão sobre o time do técnico Abel Ferreira, para garantir vaga nas quartas de final da Copa do Brasil

Trânsito

Motociclista fica ferido em acidente no Tijuca, em Campo Grande

Corpo de Bombeiros e Samu estiveram no local

Mundo

Demissão de chefe de estatísticas do trabalho pode criar crise de credibilidade de dados nos EUA

Especialistas afirmam que a decisão representa um ataque sem precedentes à credibilidade dos dados econômicos americanos