Pular para o conteúdo
Mundo

Rússia é acusada de ‘sequestrar’ prefeitos de cidades ucraniana

Dentro da Rússia, o governo também tem mostrando pouca tolerância com manifestações contrárias à guerra na Ucrânia
Arquivo -
Uma das imagens mais marcantes do conflito entre Ucrânia e Rússia
Imagem ilustrativa (Deutsche Presse-Agentur GMBH)

O desaparecimento repentino de prefeitos de cidades que resistiram ao avanço das forças russas pode ser um sinal de como o Kremlin vislumbra governar uma Ucrânia ocupada. Neste domingo, 13, o chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba, denunciou o sequestro de Yevhen Matveyev, prefeito de Dniprorudne, no sul do país.

“Hoje, criminosos de guerra russos sequestraram outro prefeito ucraniano democraticamente eleito, em Dniprorudne. Obtendo zero apoio local, os invasores se voltam para o terror”, escreveu Kuleba no Twitter. Mas Matveyev não foi o primeiro.

Na sexta-feira 11, foi a vez de Iva Fiodorov, prefeito de Melitopol, ser levado por forças de segurança da Rússia. Horas antes, ele havia chamado as tropas russas de “invasoras”. Imagens de câmeras de segurança, postadas nas redes sociais, mostram o momento em que ele é retirado do prédio da prefeitura com uma sacola na cabeça. De acordo com autoridades ucranianas, ele foi acusado de terrorismo.

No sábado 12, os russos nomearam uma nova prefeita para Melitopol: Galina Danilchenko, ex-vereadora da cidade. Imediatamente, ela passou a ser tratada pela maioria da população como “traidora”. Neste domingo, Galina pediu aos moradores que não participem do que, segundo ela, são “ações extremistas”. Um toque de recolher foi decretado em Melitopol e os protestos, proibidos.

Dentro da Rússia, o governo também tem mostrando pouca tolerância com manifestações contrárias à guerra na Ucrânia. Ontem, dezenas de protestos foram registrados no país – e 860 pessoas foram detidas, elevando o número total de prisões em manifestações antiguerra para mais de 14,5 mil em 112 cidades, de acordo com o OVD Info, grupo de direitos humanos que monitora a repressão na Rússia.

Repressão

Em Moscou, policiais isolaram a Praça Manezhnaya, em frente ao Kremlin, e disseram às pessoas, por meio de alto-falantes, que aqueles que não deixassem a área enfrentariam a perspectiva de detenção por participarem de um protesto não autorizado.

No início do mês, o Parlamento russo praticamente criminalizou as manifestações ao aprovar uma pena de até 15 anos de prisão para quem chamar a ação na Ucrânia de “guerra” ou “invasão”. O presidente, Vladimir Putin, impôs um regime duro de censura à imprensa e às redes sociais, bloqueando plataformas e restringindo acesso a sites. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

São Paulo domina e vence, mas vacilo deixa disputa aberta contra o Athletico-PR

21,8 kg de cocaína são apreendidos e traficante é preso na BR-262

loteria

Aposta feita em Campo Grande acerta quina da Mega e fatura R$ 87 mil

Tarifaço exclui 44,6% das exportações do Brasil para EUA, informa Mdic

Notícias mais lidas agora

20º feminicídio em MS: professora é morta a facadas pelo ex-marido em Ribas do Rio Pardo

Empresário denuncia ‘prefeito influencer’ de Ivinhema por suspeita de fraude em licitação

Consórcio Guaicurus ameaça atrasar salários se não receber R$ 8,4 milhões da Prefeitura

Vigésima vítima de feminicídio em MS, professora foi morta com cinco facadas

Últimas Notícias

Brasil

Jantar de Lula no Alvorada tem presença de Moraes, ministros do STF e Gonet

Encontro acontece um dia depois da decisão do governo americano de impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes

Polícia

Polícia apreende armas e pássaros mantidos ilegalmente em cativeiro

As aves eram mantidas ilegalmente em cativeiro em gaiolas sem anilhas

Brasil

Casos de vírus respiratório e Influenza A estão em queda no Brasil

Novo boletim semanal InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz

Cotidiano

Agência deverá pagar R$ 10 mil a cliente por falha em cancelamento e agendamento de voo

Viajante entrou em contato com a empresa cinco dias antes da data do retorno para solicitar o cancelamento