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O que se sabe sobre o ‘avião fantasma’ e a suspeita de ameaça de terrorismo no Paraguai

O país vizinho abriu investigação sobre o pouso de um avião da Argentina com tripulantes do Irã
Karina Campos -
avião Emtrasur
Avião Emtrasur. (Foto: Clarion/Reprodução Ultima Hora)

Desde o dia 6 de junho, o Paraguai, país vizinho de Mato Grosso do Sul, está investigando a suspeita de irregularidades de um avião 747 e 19 tripulantes de nacionalidade venezuelana e iraniana. O país apura a possível ameaça de terrorismo envolvendo o avião, que até então, era considerada uma aeronave fantasma. O avião pertence à empresa da e alvo de sanções Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Na última segunda-feira (27), o chefe do Ministério do Interior, Federico González, declarou ao rádio local Monumental 1080 AM que o país emitiu um alerta contra a empresa e não contra o Governo do Irã. Ele ainda afirmou que não se sente ameaçado e responderá pelos canais correspondentes à denúncia do Irã às autoridades paraguaias pela abordagem da aeronave e da movimento sionista, designação de ato político que defende o Estado judaico.

Avião fantasma

Segundo a revista Força Aérea, o Boeing pertence à empresa Emtrasur e está retido no Aeroporto Internacional de Ezeiza, em Buenos Aires, na . Anteriormente, o avião pertencia à empresa iraniana Mahan Air.

O comandante do avião é Gholoamreza Qasemi, um ex-general da Força Aeroespacial do Corpo de Guarda Revolucionária Islâmica, que teria tido envolvimento com voos de carga da Síria, com a empresa Fars Air, transportando armas e munições.

Antes de pertencer à Emtrasur, o Boeing 747-300, era um avião de viagens domésticas e internacionais, com registro civil iraniano. Em 2021, foi enviado para o hangar da empresa Fars Co, conhecida como Fajs Ashian, especializada em manutenção de aeronaves, onde foi convertido como um avião cargueiro. Só em 2022 recebeu cores da Embratur Cargo e registro civil venezuelano.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse em entrevistas que não há irregularidades encontradas com o avião e a oposição estaria tentando fazer escândalos.

Qual foi o itinerário?

O avião viajou à argentina vindo do México, com lotes de peças para automóveis, conforme informações do Uol. Em maio, viajou pela tríplice fronteia da Argentina, Paraguai e Brasil. Logo depois de deixar o Paraguai, o governo teria recebido informações de que o avião é alvo de investigações do tesouro dos EUA e que os tripulantes pertenciam ao Quds, grupo de elite classificada como terrorista. O grupo em si não está na lista de menções terroristas do governo argentino, embora o nome de um dos tripulantes apareça individualmente.

comandante do avião
Comandante do avião, Gholamreza Qasemi. (Foto: Mahgan Air)

Suspeita de terrorismo

O ministro do Paraguai abriu investigação por questionar a tripulação de mais de quatro pessoas abordo de um avião cargueiro, realçado pelo nome do piloto estar na lista de terroristas, o de Gholamreza, fato que teria chamado a atenção das autoridades.

Contestação do Irã

A Embaixada Republicana do Irã enviou uma nota ao governo paraguaio que o alerta seria uma acusação que faz parte de campanha que propaga insegurança, além de criticar a forma como as autoridades nacionais trataram o assunto.

O que foi levantado até agora?

Por fim, o portal My News confirma que o avião ainda está retido na Argentina, completando três semanas no aeroporto. Entretanto, já foi levantado que a aeronave realizou recentemente vários voos pela região e diversas vezes o valor da carga transportada era superior ao custo de deslocamento da aeronave.

Outro ponto é que, por enquanto, nenhuma explicação foi apresentada pela suposta dona do avião sobre a quantidade incomum de tripulantes: 19 pessoas, sendo 5 iranianos e 14 venezuelanos.

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